Renda fixa e variável: como ficam os investimentos?

21/06/2024 às 19:57

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Banco Central manteve a Taxa Selic, na primeira pausa desde o ano passado. Veja como isso altera os principais investimentos de renda fixa e variável.

Banco Central manteve a Taxa Selic, na primeira pausa desde o ano passado. Veja como isso altera os principais investimentos de renda fixa e variável

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a Taxa Selic em 10,50%, encerrando, até o momento, o ciclo de cortes que vinha realizando desde agosto do ano passado. Na última reunião, em maio, o comitê realizou um corte de apenas 0,25 ponto percentual, dividindo o colegiado.

Dois fatores fundamentais para que o ciclo de cortes seguisse acabou jogando um balde de água fria nas expectativas de que o afrouxamento seguisse: a resiliência da economia americana — que requer juros mais altos, por mais tempo, para combater a inflação persistente — e a indefinição sobre o equilíbrio das contas públicas no Brasil.

Só que a taxa de juros, um dos principais instrumentos para controlar a inflação, também impacta o custo de crédito no mercado e define como será o retorno de investimentos. Uma das aplicações diretamente ligadas à taxa básica é o Tesouro Selic, que tem sua rentabilidade atrelada ao patamar definido pelo Copom.

Com a manutenção dos juros hoje, os títulos públicos pós-fixados (cuja remuneração final depende da Selic ou do IPCA) como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA tendem a manter a rentabilidade, já que, segundo a mediana de expectativas do mercado, a taxa tende a continuar nesse patamar até o fim do ano. Os prefixados são aqueles títulos que já definem uma taxa fixa a ser paga ao investidor no vencimento.

Veja abaixo o que dizem analistas sobre como definir os investimentos à luz da nova decisão do Copom:

Com a manutenção da Selic, onde alocar os recursos?

Apesar de o ciclo de afrouxamento da Selic ter chegado ao fim — ou, pelo menos, ter dado uma pausa —, os analistas sinalizam que os investidores precisam ter atenção aos títulos pós-fixados. A atratividade, segundo eles, está no curto prazo:

Crédito

Para Alexandre Mathias, estrategista-chefe da Monte Bravo, os títulos de empresas privadas constituem uma excelente opção para o investidor, mas exigem curadoria. Isso porque a diversificação com esses ativos é um pouco mais arriscada. Portanto, as taxas devem ser relativamente maiores do que aquelas definidas pelo Tesouro.

Pré-fixados

Os analistas de renda fixa ouvidos pela reportagem indicam que os ganhos com os títulos prefixados dependem e muito da relação entre a expectativa de mercado e a atuação do Banco Central.

Para prazos mais longos, o destaque fica por conta dos títulos atrelados à inflação, como o IPCA+ , que também são uma boa alternativa, garantindo proteção à carteira graças às taxas que estão sendo negociados:

Geralmente, com a Selic neste nível, a bolsa não costuma registrar seus melhores momentos de performance, principalmente com o juro americano também pressionando pela fuga dos ativos estrangeiros daqui.

Dados divulgados pela B3 e compilados pelo Valor Econômico mostram que o fluxo negativo de investimentos estrangeiros em 2024 já ultrapassou os R$ 43 bilhões até junho.

Leia a notícia na íntegra: jornal O Globo

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