Sob influência de alta recorde na agropecuária, a economia fechou o ano de 2023 com crescimento acumulado de 2,9%. É o que apontam dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados no dia 1º de março pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado ficou levemente abaixo da variação de 2022 e da mediana das expectativas do mercado financeiro, ambas de 3%. Os dados do IBGE também mostram uma desaceleração da atividade econômica no segundo semestre, após o impulso da agropecuária, mais concentrado nas safras do início de ano.
Considerando somente o quarto trimestre de 2023, o PIB ficou estagnado (0%) em relação aos três meses imediatamente anteriores. A expectativa de analistas era de variação de 0,1%, segundo a agência Bloomberg.
Apesar da perda de força na segunda metade de 2023, o PIB fechou o ano passado com um resultado superior (2,9%) ao projetado inicialmente por analistas.
No final de 2022, o mercado financeiro esperava um crescimento de apenas 0,8% para o acumulado de 2023, conforme a mediana do boletim Focus, divulgado pelo BC (Banco Central). As previsões subiram com o passar dos meses.
Economistas esperam alta perto de 2% em 2024
Para o PIB de 2024, a expectativa, por ora, é de desaceleração. Analistas do mercado projetam um avanço de 1,75%, segundo a mediana da edição mais recente do Focus, publicada pelo BC.
As estimativas vêm subindo nas últimas semanas. Ao final de 2023, por exemplo, o mercado esperava um crescimento menor, de 1,52%, para o PIB de 2024.
Para Luciano Costa, economista-chefe da corretora Monte Bravo, a economia será beneficiada neste ano pelos efeitos do corte de juros e pela resiliência do mercado de trabalho. A Monte Bravo espera crescimento de 2% em 2024.
Confira a reportagem na íntegra: clique aqui.