Juros fecham em alta com pressão do câmbio - Monte Bravo

Juros fecham em alta com pressão do câmbio

29/07/2024 às 10:38

29

Segunda

Jul

2 minutos de leitura
Compartilhar
Juros fecham em alta com pressão do câmbio

Os juros futuros fecharam em alta nesta quarta-feira (24), acompanhando o aumento da pressão no câmbio e a maior cautela na curva dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano). Em mais um dia sem agenda e noticiário relevantes, as oscilações do dólar e da curva americana acabaram ditando a dinâmica das taxas locais. A moeda esteve em alta durante toda a quarta-feira, tocando os R$ 5,66 nas máximas à tarde, enquanto os títulos do Tesouro dos EUA não mostraram direção única.

No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 estava em 10,675%, de 10,680% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026, em 11,57%, de 11,51% ontem. O DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 11,82% (de 11,77% ontem) e a do DI para janeiro de 2029 subia de 12,08% para 12,11%.

No exterior, o clima foi de cautela. Balanços decepcionantes da área de tecnologia e a incerteza com a eleição presidencial norte-americana penalizaram as bolsas e direcionaram fluxo para os Treasuries de curto prazo. Nos demais trechos, as taxas ficaram mais voláteis, o que contribuiu para deixar a curva local sem direção firme em boa parte da sessão, mas se firmaram em alta no fim da tarde.

O índice VIX – espécie de “termômetro do medo” em Wall Street – disparou mais de 20%, atingindo o pico desde abril. A fuga do risco voltou a pesar sobre moedas de economias emergentes e o dólar chegou a R$ 5,6618 na máxima. No fechamento, a moeda estava em R$ 5,6562 e a taxa da T-Note de dez anos subia a 4,28% no fim da tarde.

A crescente pressão do câmbio é um dos principais combustíveis a alimentar a precificação de aperto para a Selic na curva, na medida em que pode provocar nova desancoragem das estimativas futuras, o que, por sua vez, pesa mais nas ações do Copom do que a inflação corrente, que está bem comportada. No meio da tarde, a curva projetava 16% de chance de alta de 0,25 ponto porcentual para o juro básico, hoje em 10,50%, no próximo Copom e nível de 11,35% no fim de 2024.

No Brasil, o destaque amanhã é o IPCA-15 de julho. A mediana das estimativas aponta para um desaceleração a 0,23%, de 0,39% em junho, segundo a pesquisa do Projeções Broadcast. Para os preços de abertura, a expectativa é de alívio em boa parte dos recortes, com destaque para Alimentação no Domicílio, que deve mostrar deflação (mediana de -0,41%). Serviços e preços administrados devem ganham impulso.

“A inflação no curto prazo seguirá benigna. Entretanto, o balanço de risco se segue deteriorando devido à continuidade da desancoragem das expectativas de inflação, à depreciação recente da taxa de câmbio, as incertezas fiscais e ao cenário global ainda adverso”, afirma o economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, cuja projeção para o IPCA-15 de julho é de 0,25%.

Confira a notícia na íntegra no Portal do Estadão: E-Investidor

Artigos Relacionados

  • 18

    Segunda

    Nov

    18/11/2024 às 17:43

    Sala de Imprensa

    Pacote fiscal é o mais importante para a melhora de ativos

    A apresentação do pacote fiscal pelo governo Lula, que deve ficar para depois das reuniões do G20, é o fator mais importante para a melhora dos ativos domésticos atualmente. É muito mais importante que os desdobramentos do novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos para países emergentes, por exemplo. A avaliação é de Alexandre …

    Continue lendo
  • 18

    Segunda

    Nov

    18/11/2024 às 15:18

    Sala de Imprensa

    Petrobras lucra acima do esperado

    A Petrobras (PETR4) reportou um lucro líquido acima do esperado pelo mercado na noite desta quinta-feira (7). A companhia reportou um lucro líquido de R$ 32,5 bilhões no terceiro trimestre de 2024, alta de 22,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Para os analistas ouvidos pelo E-Investidor, a empresa apresentou números consistentes …

    Continue lendo
  • 12

    Terça

    Nov

    12/11/2024 às 18:24

    Sala de Imprensa

    Se o corte de gastos não for eficaz, o dólar pode chegar a R$ 7, diz Monte Bravo

    Alexandre Mathias, estrategista-chefe da corretora, mapeou os cenários possíveis após o anúncio de ajuste fiscal do governo. Confira! O mercado aguarda há semanas o anúncio das medidas de cortes de gastos, prometidas pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad para resgatar a credibilidade do governo em controlar as contas públicas. A expectativa é de que a proposta seja apresentada nesta semana …

    Continue lendo

Fechar

Loading...