Puxado pelos setores de transportes e alimentação, o resultado da inflação veio abaixo do esperado para abril. Para falar sobre o assunto e analisar o cenário econômico nacional, o economista-chefe da Monte Bravo Corretora conversou com o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.
“Temos um cenário agora de curto prazo da inflação, vindo um pouco mais comportado devido à sazonalidade do período que foi melhor, também a parte de alimentos que começa a ter uma dinâmica mais favorável. Além de algumas pressões no começo do ano que acabaram cessando e com isso temos um período de inflação em torno de 0,30 a 0,20% ao mês”, avalia o economista Luciano Costa.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) é considerado a prévia da inflação brasileira oficial brasileira, e fechou em 0,21% em abril, após alta de 0,36% em março, conforme informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (26).
Apesar do desempenho considerado benigno, ainda não há consenso nas apostas sobre a magnitude de corte da taxa básica de juros, a Selic, na reunião de maio do Comitê de Política Monetária do Banco Central.
Em abril, os gastos 0,61% maiores com alimentos e 0,78% superiores com despesas de saúde turbinaram a prévia da inflação do mês.
Os preços dos alimentos reduziram o ritmo de alta em relação a março, mas o avanço registrado em abril ainda respondeu por quase 60% de toda a inflação medida pelo IPCA-15. O principal vilão foi o tomate, com uma alta de 17,87%, responsável sozinho por cerca de 25% da inflação de abril.
Confira a entrevista: