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21/02/2024 • 4 mins de leitura
Cenário econômico e política fiscal no Suno Notícias
Resumo do artigo Do conjunto de medidas anunciadas, é estimado…
Resumo do artigo
O Ibovespa ganhou fôlego e recuperou parte das perdas dos últimos dias em decorrência do tarifaço de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Os ganhos refletem o alívio dos investidores com a isenção temporária das tarifas recíprocas sobre os itens eletrônicos, como smartphones e chips, que foi anunciada pelo governo americano. Veja mais detalhes nesta reportagem.
Contudo, a Monte Bravo acredita que a bolsa brasileira tem chances de ir ainda mais longe e até renovar a sua máxima histórica em 2025. Em seu cenário-base, a corretora projeta o Ibovespa a 138 mil pontos no fim do ano, patamar pouco acima dos 137,3 mil pontos conquistados em agosto do ano passado.
Bruno Benassi, analista de ativos da Monte Bravo, explica que a projeção se baseia no fim do ciclo de alta de juros no Brasil, que deve ocorrer ainda este ano, e no ‘desconto’ das companhias brasileiras que estão sendo negociadas abaixo do seu preço justo.
“Há também o crescimento dos lucros das empresas e rotação do capital estrangeiro saindo dos EUA em direção aos mercados emergentes”, acrescenta o especialista em entrevista ao E-Investidor. Benassi ressalta que o atual momento é oportuno para os investidores expandirem a exposição em renda variável em ações de qualidade. Bancos com pouca exposição à faixa de baixa renda, companhias com receitas dolarizadas, empresas de utilidade pública e os shoppings são exemplos de setores que devem ser priorizados no portfólio.
“O fato é que o investidor não precisa ficar de fora dos investimentos em renda variável, mas ele pode buscar meios de se proteger, mesmo em ativos que exijam maior risco”, orienta o analista. Apesar do otimismo, a Monte Bravo recomenda ao investidor manter cautela devido às incertezas que ainda pairam no mercado. Do lado externo, o risco de recessão com aos efeitos das tarifas de Trump na economia global pode causar uma queda mais acentuada do Ibovespa. Já no ambiente interno, o risco fiscal continua sendo um fator contra para uma apreciação mais relevante da bolsa brasileira nos próximos meses.
Matéria publicada no E-Investidor.