Ibovespa pode fechar 2025 com um recorde histórico, diz Monte Bravo

22/04/2025 • 2 mins de leitura

Resumo do artigo

  • Bruno Benassi, analista de ativos da Monte Bravo, explica que a projeção se baseia no fim do ciclo de alta de juros no Brasil, que deve ocorrer ainda este ano, e no ‘desconto’ das companhias brasileiras que estão sendo negociadas abaixo do seu preço justo.
Ibovespa pode fechar 2025 com um recorde histórico, diz Monte Bravo

O Ibovespa ganhou fôlego e recuperou parte das perdas dos últimos dias em decorrência do tarifaço de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Os ganhos refletem o alívio dos investidores com a isenção temporária das tarifas recíprocas sobre os itens eletrônicos, como smartphones e chips, que foi anunciada pelo governo americano. Veja mais detalhes nesta reportagem.

Contudo, a Monte Bravo acredita que a bolsa brasileira tem chances de ir ainda mais longe e até renovar a sua máxima histórica em 2025. Em seu cenário-base, a corretora projeta o Ibovespa a 138 mil pontos no fim do ano, patamar pouco acima dos 137,3 mil pontos conquistados em agosto do ano passado. 

Bruno Benassi, analista de ativos da Monte Bravo, explica que a projeção se baseia no fim do ciclo de alta de juros no Brasil, que deve ocorrer ainda este ano, e no ‘desconto’ das companhias brasileiras que estão sendo negociadas abaixo do seu preço justo.

“Há também o crescimento dos lucros das empresas e rotação do capital estrangeiro saindo dos EUA em direção aos mercados emergentes”, acrescenta o especialista em entrevista ao E-Investidor. Benassi ressalta que o atual momento é oportuno para os investidores expandirem a exposição em renda variável em ações de qualidade. Bancos com pouca exposição à faixa de baixa renda, companhias com receitas dolarizadas, empresas de utilidade pública e os shoppings são exemplos de setores que devem ser priorizados no portfólio.

“O fato é que o investidor não precisa ficar de fora dos investimentos em renda variável, mas ele pode buscar meios de se proteger, mesmo em ativos que exijam maior risco”, orienta o analista. Apesar do otimismo, a Monte Bravo recomenda ao investidor manter cautela devido às incertezas que ainda pairam no mercado. Do lado externo, o risco de recessão com aos efeitos das tarifas de Trump na economia global pode causar uma queda mais acentuada do Ibovespa. Já no ambiente interno, o risco fiscal continua sendo um fator contra para uma apreciação mais relevante da bolsa brasileira nos próximos meses.

Matéria publicada no E-Investidor.