
Mesmo com o adiamento da conversa entre o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, e o líder chinês, Xi Jin-ping, o dólar continuou ontem a perder força globalmente. Especulações de que possa haver a suspensão das tarifas de 10% impostas pelo governo americano a produtos chineses, a exemplo do que aconteceu na segunda-feira com o México e o Canadá, pesaram contra uma recuperação do dólar.
Assim, o dólar emendou ontem a 12ª queda seguida em relação ao real – caiu 0,77% e fechou o dia cotado a R$ 5,77, abaixo de R$ 5,80 pela primeira vez desde 19 de novembro.
“O comportamento do dólar hoje (ontem) está sendo ditado mais pela questão global”, diz o economista-chefe da corretora Monte Bravo, Luciano Costa. “Prevalece no mercado a impressão de que Trump usa a ameaça de tarifas como ferramenta para trazer os países para a mesa de negociação, e não como uma política comercial já definida. Isso reduz um pouco a percepção de risco neste primeiro momento.” Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, o índice DXY fechou em queda de 0,89%. E, entre as moedas emergentes, apenas o peso mexicano caiu ante o dólar.