As projeções de inflação pra este ano continuam subindo e o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne amanhã e quarta-feira para definir a taxa básica de juros.
Analistas apostam que o Copom deverá aumentar a taxa básica de juros. Atualmente, a Selic está em 10,50% ao ano. O mercado financeiro projeta uma alta de 0,25%.
Entre os fatores que contribuem com a expectativa de alta dos juros está em expansão acima do esperado do comércio e dos serviços.
O economista André Perfeito prevê um novo ciclo de subida dos juros o Banco Central brasileiro.
Cinco pontos base e depois algumas altas neste mesmo patamar é o que eu acredito. Esse movimento deverá acontecer.
Já o economista Rogério Araújo acredita que a taxa de juros pode ser mantida devido aos atuais índices inflacionários. Em agosto houve deflação, segundo o IPCA-15 do IBGE.
A taxa de juros poderá ser mantida, uma vez que os dados de inflação não colocaram nenhuma pressão. Sobre a mudança da taxa de juros no curto prazo, ainda existe uma preocupação por parte do cumprimento das metas do governo e como o orçamento pode impactar de fato. Sobre o mercado inflacionário, agora o de serviços e o próprio varejo, ficou um pouco mais robusto e trouxe um pouco de preocupação. Mas não deve trazer nenhuma surpresa na mudança da taxa de juros. O cenário externo também pode impactar na decisão do Banco Central.
O economista Carlos Pedroso avalia uma provável redução nos juros americanos.
Países que nem o Brasil poderão ser beneficiados por ingresso de recursos que acabam mantendo a taxa de câmbio no mesmo patamar. O que também pode pesar na decisão do Banco Central é o custo da energia.
As contas de luz vão subir em setembro com a bandeira vermelha e a tendência com a seca é que isso se mantenha nos próximos meses. O economista Luciano Costa entende que a questão climática deve contribuir para a elevação da Selic, ajudando a conter o aumento generalizado de preços e o impacto da seca provavelmente será muito sentido.
Fora do padrão, principalmente, por parte de alimentos in natura que são mais suscetíveis. Temos a questão climática, além disso, a gente verá o impacto da seca na questão da energia. Isso provavelmente se manterá nos próximos meses, também haverá um impacto dessa seca nos custos de fretes.
A saída para conter a inflação causada pela seca é de que a Selic encerre o ano em 11,25%.
Reportagem produzida pela pelo Jornal da Manhã, na TV Jovem Pan News.