Os rumos da política monetária nos Estados Unidos ditam o humor do mercado há algum tempo, conforme investidores tentam precificar quando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) iniciará o tão sonhado ciclo de cortes nos juros. Qualquer indicativo que a taxa será reduzida mais cedo ou de que permanecerão elevadas por mais tempo leva as bolsas globais a movimentos de altas e baixas – e o Brasil não passa ileso.
Por causa disso, nesta quarta-feira (6), agentes do mercado acompanharam atentos ao discurso de Jerome Powell, o presidente do Fed, proferido no Congresso americano. Na fala, o dirigente reforçou a mensagem que já vinha passando: cortes de juros vão depender da evolução da economia e que ainda é preciso novos dados para dar mais confiança de que a inflação converge para a meta.
Ainda assim, alguns sinais positivos foram capturados. Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo, destaca que o principal receio do mercado, que inclusive manteve as bolsas globais de lado no início desta semana à espera do pronunciamento, era que Powell desse uma declaração mais dura, que colocasse em dúvida a possibilidade de cortes de juros ainda neste ano.
Mas não foi o que aconteceu. “Não há evidência de que há risco de uma recessão de curto prazo nos EUA”, disse Powell. “Tampouco estamos buscando que a inflação volte exatamente a 2% [para iniciar os cortes nos juros].”
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