Assim como Petrobras, a Vale (VALE3) também conquistou um rali de 3% na bolsa, motivada pela troca de comando na presidência executiva e alta do minério de ferro.
Mas as duas commodities não têm horizonte promissor por incertezas globais, avaliam analistas.
O minério de ferro ainda sofre com a crise do mercado imobiliário chinês. O preço de novas casas, segundo o departamento de estatísticas da China, caiu 4,9% em julho. É o décimo terceiro mês consecutivo de queda do indicador.
O petróleo também enfrenta barreiras para nova alta. “No quarto trimestre ainda vemos o mercado apertado”, afirma Raphael Faucz, analista da Rystad Energy.
Com os boatos de que o grupo de países no cartel da OPEC+ podem aumentar a produção pelos próximos 12 meses, Faucz estima que o volume diário de petróleo no mundo deve aumentar em 2,2 milhões de barris por dia.
A projeção da Rystad é de que o barril de petróleo Brent chegue a US$ 80 até dezembro. Hoje, a unidade da commodity vale US$ 77,28.
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) podem decolar com estrangeiro
As blues chips brasileiras, mesmo com vento contrário soprando das commodities no cenário externo, ainda podem voar mais no Ibovespa em 2024.
Isso porque o tão aguardado corte de juros nos Estados Unidos deve transformar mercados emergentes, como o Brasil, em imãs de investimentos. Esta é a avaliação de Alexandre Mathias, estrategista-chefe da Monte Bravo Investimentos.
“Com juros menores e perda de força do dólar, o investidor estrangeiro deve voltar a se arriscar mais. Ele entra primeiro nos papéis do Ibovespa de altíssima capitalização, que são Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4)”, completa.
E, com a queda do dólar em nível global, as commodities podem ensejar nova alta por aumento de demanda.
Enquanto isso, apesar de rali menor, as ações da Vale têm perspectiva positiva para Mathias.
Ler a notícia na íntegra: portal Inteligência Financeira.