Os sinais de moderação da atividade na margem permanecem, apesar da alta de 0,10% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em novembro, que superou a mediana negativa, de -0,10%, das projeções. A avaliação é do economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa.
“A atividade vem de um terceiro trimestre forte, há devolução em alguns segmentos. Temos de ver se os dados de dezembro confirmarão essa mudança de tendência”, diz.
A despeito de os indicadores do último mês ainda não terem saído, a Monte Bravo reduziu sua estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2024, de 0,6% para 0,4%. Dessa forma, a projeção para o PIB fechado para o ano passado saiu de 3,6% para 3,5%. “O PIB deve continuar com crescimento acima do potencial. A única coisa é que vai diminuir a velocidade”, afirma Costa. Para 2025, a corretora espera expansão de 1,5% no PIB.
Ainda que haja sinais de desaquecimento da atividade econômica, o economista da Monte Bravo não espera alteração das apostas de altas de um ponto porcentual na taxa Selic nas duas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), neste mês e em março. “Não traz muito alívio à política monetária. O PIB ano contra ano está em quase 4%, é bem elevado. A inflação ainda está muito alta”, afirma.
A Monte Bravo vê o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrando 2025 em 6,2% e indo a 4,5% em 2026.
Matéria produzida pelo Broadcast.