Por Rodrigo Franchini, Sócio e Head de Relações institucionais da Monte Bravo
O Comitê de Política Monetária, o COPOM Comitê de Política Monetária, o COPOM, decidiu aumentar em 150 pontos-base a Taxa Selic, chegando a 10,75%, conforme as previsões do mercado. Este é o oitavo aumento consecutivo da taxa, e a tendência é que chegue próximo aos 12% para a próxima reunião do COPOM, que acontece a cada 45 dias. Como falamos aqui, na penúltima reunião de 2021, a taxa Selic subiu de 7,75% ao ano para 9,25% ao ano por decisão unânime.
O que entendemos deste cenário
De forma geral, os juros no mundo todo estão subindo e, no Brasil não teria como ser diferente. Este não é um aumento errôneo. A única coisa que podemos discutir é a magnitude dele. Mas o fato é que o Brasil tem um risco fiscal muito alto e, importarmos a inflação por causa da alta do dólar, só agrava essa situação.
A previsão é de que este será um ano cuja taxa de juros permanecerá nos dois dígitos, e não teremos muito como fugir dessa situação. Num cenário otimista, é possível que a taxa de juros só comece efetivamente a baixar no fim deste ano ou no segundo trimestre do ano que vem, quando poderemos trabalhar com uma Selic entre 8 e 9%.
O grande problema em manter esse juros alto por muito tempo, é ter, inevitavelmente, uma problemática de crescimento econômico. Afinal, quando a taxa de juros fica em dois dígitos, o Custo Brasil fica em dois dígitos também. Portanto, a aquisição de bens duráveis como imóveis e automóveis, é utilizado crédito, então tudo acaba ficando ainda mais caro.
A alta de juros também está atrelada à diminuição do potencial de crescimento econômico, o famoso PIB de crescimento. De acordo com as perspectivas e previsões do mercado, ele deve ficar em zero ou um valor muito próximo disso, com crescimento marginal.
O grande ponto para a economia é sobre o quanto o cenário eleitoral vai afetar a queda da Selic, uma vez que provoca um momento mais desafiador e gera insegurança.
E como ficam os investimentos?
Conforme já falamos algumas vezes aqui no blog, a tendência é que a renda fixa continue em alta. Títulos pós-fixados, ou seja, aqueles que acompanham a variação da Selic, seguem cada vez mais atrativos.
Entretanto, também devemos ficar atentos à ativos internacionais por conta da volatilidade do dólar, conforme falamos neste artigo aqui.
Por isso, recomendamos procurar seu assessor de investimentos, para manter uma carteira diversificada e que esteja de acordo com o seu perfil de investidor(a) a fim de evitar riscos para o seu patrimônio.
Se você ainda não conta com uma assessoria de investimentos, entre em contato com nossos especialistas e receba todas as orientações para criar um portfólio personalizado para você e de acordo com seus objetivos.
Rodrigo Franchini
Sócio e Head de Relações Institucionais na Monte Bravo
Rodrigo Franchini é bacharel em Direito, e há 17 anos atua no mercado financeiro. Tem MBA pela FGV em Bancos e Instituições Financeiras. Trabalhou em grandes instituições como HSBC no cargo de Gestor de Patrimônio, Itaú Personnalité e Safra, ambos no cargo de Gerente de Alta Renda e também no Bradesco como Especialista de Investimentos. Possui as certificações CPA 10 / CPA 20 / CEA / Ancord