O mercado financeiro é um mundo fascinante e os mitos envolvendo as incertezas dos investimentos em ações e outros títulos é combustível da indústria cinematográfica há muitos anos.
De um lado, algumas produções ficcionais ou documentais buscam representar com clareza o que de fato acontece na rotina dos investidores, resultando em filmes bastante fidedignos que ajudam a entender cenários de perdas e ganhos, reflexos da conjuntura macroeconômica e grandes estratégias.
De outro, como também é comum no cinema, determinadas películas carregam a mão nesses mitos para trazer situações irreais de pessoas que ficaram bilionárias do dia para a noite ou que – mais normal ainda – dormiram ricas e acordaram sem nada.
Em ambos os estilos, a certeza é a mesma: tem muito filme bom sobre o mercado financeiro, quer seja para aprender como tudo funciona, quer seja apenas para estourar uma pipoca e arejar um pouco a cabeça.
Trouxemos uma relação de cinco filmes para todos os gostos. Confira:
À procura da felicidade (EUA, 2006)
Parcialmente inspirado na vida de Chris Gardner (interpretado por Will Smith), este filme conta a história de um homem que cria seu filho sozinho, e consegue uma vaga de estágio em uma corretora de valores, com a expectativa de ser efetivado. No entanto, antes que isso aconteça, o jovem rapaz e seu filho são despejados e ambos vão morar na rua.
Na verdade, o filme é centrado em apenas um ano da vida dos dois, o que já garante um caldeirão de emoções (prepare os lenços!) e uma boa dose de superação.
E a história real é mais dramática que o filme. Para tornar os diálogos entre pai e filho mais verossímeis, os diretores optaram por um garoto de 14 anos – quando na verdade o bebê de Gardner tinha só 14 meses!
O Lobo de Wall Street (EUA, 2013)
Já é um clichê, mas é muito difícil não citar este filme estrelado por Leonardo di Caprio (vencedor do Globo de Ouro) e dirigido por Martin Scorsese.
A produção conta a história real de Jordan Belfort, um corretor que deixa o emprego em uma empresa conceituada para atuar em uma outra corretora de reputação duvidosa.
Com seu estilo agressivo e inconsequente (tire as crianças da sala!), Belfort se torna milionário e… O filme é tão bom que qualquer consideração depois disso seria um baita spoiler. Só assistindo.
Outsider (França, 2016)
Menos badalado que os filmes comerciais, Outsider conta a história real de um jovem francês que quase quebrou o banco Société Générale na crise mundial de 2008.
Alguns anos depois de conseguir um posto de operador na instituições, Jérôme Kerviel (Arthur Dupont) se destaca pelo espírito estrategista que rende milhões de euros ao banco. Os bons resultados cacifam o trader a fazer investimentos cada vez mais arriscados.
O que ninguém contava é que uma bolha de investimentos imobiliários nos Estados Unidos produziria um efeito-cascata em todo o mundo, levando Kerviel a se envolver em uma das maiores fraudes bancárias da Europa.
Filmaço.
A Grande Aposta (EUA, 2015)
E por falar na crise de 2008, impossível não mencionar “A Grande Aposta”, esse sim bastante conhecido.
Brad Pitt, Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling estão no elenco desta trama que mostra como um empresário de médio porte, um corretor com problemas pessoais e dois neófitos da Bolsa perceberam que podiam lucrar com um sistema que estava prestes a ruir: o mercado imobiliário norte americano.
Na ocasião, bancos passaram a oferecer créditos imobiliários à população em larga escala, o que provocou uma alta procura por imóveis e aumento na taxa de juros.
Conclusão? Muita gente não deu conta de honrar seus compromissos e até mesmo bancos gigantes, como o Lehman Brothers, sucumbiram à crise.De uma forma mais floreada, o filme conta como sempre tem alguém que ganha (ou tenta ganhar) quando os outros perdem.
Inclusive, temos um podcast especial onde debatemos sobre os acontecimentos do longa ao lado de Rodrigo Franchini, Head de Produtos da Monte Bravo, e Rodrigo Tolotti, colunista da InfoMoney. Ouça:
O Capital no Século 21 (França, 2020).
Esse é quentíssimo.
Baseado no livro homônimo do economista Thomas Piketty, este documentário não aborda o mercado financeiro de maneira específica, mas toda a agenda econômica do mundo capitalista que, em alguma medida, diminuiu as disparidades entre as nações, mas aumentou as desigualdades internas.
Com o foco dos investimentos privados em bancos e produtos financeiros, a produção de bens de consumo convencionais perde espaço, favorecendo ainda mais os donos do capital.
Em outras palavras, o dinheiro circula somente entre quem já tem, e as atividades produtivas (que geram emprego e renda para a maioria das pessoas) ficam em segundo plano.
Confira também:
Separamos apenas cinco filmes para essa lista, que é bem maior e tem outros títulos para todos os gostos. Desde clássicos (Monsieur Verdoux, com Charles Chaplin, de 1947) a novos clássicos (Wall Street, de 1987), passando por crimes financeiros globais (A Lavanderia, 2017) e comédias-pastelão (Trocando as Bolas, 1983).
Mas não se esqueça
Na vida real, contudo, o que o investidor amador e profissional precisa mesmo é de uma boa consultoria financeira, coisa de que a Monte Bravo entende.
Seus especialistas ajudam a traçar o melhor percurso para o seu dinheiro, sem nenhuma aventura como as retratadas neste filme.
