Entre os ativos de renda variável, os fundos imobiliários (FII) têm chamado bastante atenção devido à possibilidade de investimento em um ramo em franca rentabilidade, mesmo em período de insegurança econômica.
Quem está minimamente atento aos mercados de compra e venda de imóveis e de construção civil sabe que esses segmentos estão na contramão dos demais, justamente por se encontrarem muito aquecidos.
Impulsionada pelos financiamentos, a construção foi a maior geradora de vagas de trabalho em 2020, com possibilidade de crescimento de 30% em 2021.
As negociações de imóveis também cresceram – basta ver que o ITBI, imposto gerado sobre a compra e venda de bens imóveis, deu um salto nas cidades de médio e grande portes no fim do ano passado.
Várias são as razões conjunturais para esse fenômeno. A construção civil não parou em nenhum momento, por ser considerado serviço essencial. Mais pessoas dentro de casa também resultaram no aumento de pequenas e grandes reformas. A migração do pessoal das metrópoles para o interior, por sua vez, fez disparar a venda de terrenos e imóveis prontos nessas cidades.
Quem estava com recursos represados também resolveu aportá-los nesta época em edifícios coorporativos, centros de compras e prédios residenciais.
E o que isso tudo tem a ver com fundos imobiliários?
Como se sabe, os FIIs são uma possibilidade de investir em imóveis sem necessariamente comprá-los. É um caminho possível, por exemplo, para quem pretende aplicar seu patrimônio neste ramo de uma maneira mais contida, sem precisar comprar uma propriedade.
Se em 2020 esses papéis sofreram um abalo diante das incertezas da pandemia (o iFix acumulou perdas de 10%), em 2021 começam a colher os frutos da aceleração do mercado imobiliário em plena emergência sanitária. O acumulado segue em baixa (-1,8%), porém em desaceleração menos exponencial do que no exercício passado.
Os FIIs são fundamentalmente um investimento coletivo de renda variável.
O investidor compra cotas de projetos físicos (fundo tijolo), projetos para aluguel (fundo de renda), para negociação (fundo de compra e venda), para negociação de empreendimento (fundos de desenvolvimento), para securitização (fundo de recebíveis) ou para investimento em outros fundos (fundos de fundos).
Sobre os dividendos ou no ato da venda do fundo, os cotistas recebem sobre a valorização de maneira proporcional.
Como o mercado imobiliário está aquecido, muitos fundos imobiliários aparecem como opção atraente.
A retomada gradual das atividades presenciais promete energizar novamente os setores de shoppings centers e lajes corporativas, reanimando os fundos aplicados com estes objetivos.
De quebra, com as taxas de juros ainda em baixa, os financiamentos habitacionais seguem convidativos – o que não dá pistas de que o mercado de construção e de compra e venda vá arrefecer.
Mas é preciso ficar atento a algumas questões.
Como vimos, trata-se de um investimento em renda variável. Isso significa que é preciso considerar certa volatilidade. Se o mercado imobiliário perder força ou experimentar uma crise de inadimplência, por exemplo, é possível que os FIIs se depreciem no curto ou no médio prazos.
Também é preciso observar os impostos e taxas. O investidor pessoa física não recolhe imposto de renda sobre os rendimentos do fundo. No entanto, caso haja ganho de capital sobre as vendas das cotas, o imposto de renda não é isento e incide com alíquota de 20% sobre essa valorização. O imposto é apurado todos os meses e precisa ser pago até o último dia útil do mês seguinte.
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