Para diversificar a carteira de investimentos, uma recomendação recorrente na vida de todo investidor, é preciso, claro, conhecer as opções oferecidas pelo mercado.
Hoje, por exemplo, a nossa proposta é apresentar um investimento que vem se tornando cada vez mais acessível: os Fundos Cambiais.
Vamos conhecer?
Por dentro do Fundo Cambial
O Fundo Cambial é uma opção de investimento aberta que apresenta uma característica peculiar: a flutuação de preço das moedas estrangeiras é o principal fator de risco. Isso porque trata-se de um fundo que tem o objetivo de acompanhar a variação e/ou movimentação dessas moedas, principalmente do dólar, além da variação do cupom cambial (a taxa de juros em dólares no nosso País).
Com base nessa informação, uma situação já fica fácil de entender: o investidor do Fundo Cambial poderá ganhar ou perder rentabilidade com base na performance da moeda à qual os ativos da carteira do fundo estão atrelados.
Mas ao falar de Fundo Cambial, estamos tratando de um investimento que vem conquistando mais adeptos em virtude de uma qualidade. O investidor faz aplicações baixas, mas nem por isso deixa de obter boas vantagens.
Aliás, será que você tem perfil para apostar nesse investimento? Vamos descobrir!
Fundos Cambiais: para qual investidor?
Os Fundos Cambiais são considerados, em geral, uma ótima opção para os investidores que têm dívidas ou mesmo outros compromissos em moedas estrangeiras.
São também indicados para quem deseja fazer hedge da carteira de investimentos (instrumento utilizado para proteger o patrimônio, mesmo em momentos de incertezas e instabilidades do mercado), amenizando, dessa forma, possíveis perdas.
Mas não pense que se trata de um investimento recomendado para qualquer tipo de investidor. Afinal, estamos falando de uma opção que apresenta certos riscos e um nível de volatilidade que não é suportado por todo mundo, não.
Para entender melhor esse contexto, confira como os Fundos Cambiais funcionam.
A dinâmica dos Fundos Cambiais
De maneira geral, todos os fundos funcionam do mesmo jeito, ou seja, representam um tipo de investimento coletivo.
Sim, é um tipo coletivo pois os recursos de vários investidores são aplicados em conjunto no mercado – no caso do Fundo Cambial, em ativos relacionados a moedas.
Os ganhos obtidos são divididos entre aqueles que participam mas, claro, na proporção do valor que é depositado por cada investidor.
A soma do dinheiro dos investidores (patrimônio) é aplicada por um gestor profissional, que é o responsável pelas decisões sobre o que fazer com os recursos mediante políticas predefinidas.
Quando o resultado das aplicações que são realizadas é positivo, as cotas do fundo valorizam. Mas quando o desempenho não é bom, as cotas desvalorizam.
Carteira: como compor?
Os fundos cambiais devem investir, no mínimo, 80% da carteira em ativos que sejam relacionados a moedas estrangeiras – como o dólar ou o euro. Os 20% restantes, em geral, são aplicados em fundos de renda fixa e títulos mais conservadores.
Mas, atenção, não é preciso que as aplicações ocorram diretamente nas moedas. Os gestores podem, por exemplo, comprar títulos referenciados nas moedas (emitidos por bancos ou empresas). Podem também aplicar em derivativos ou ainda fazer outras operações que permitam replicar a variação cambial.
É justamente em virtude dessa composição que o desempenho desse investimento acompanha a performance da moeda de referência (dólar, euro etc.).
Rendimento dos Fundos Cambiais
Trata-se de um investimento cujo desempenho pode variar muito pois, como já foi dito, o Fundo Cambial acompanha a variação de ativos relacionados a moedas.
Taxas
O Fundo Cambial conta com certas taxas para remunerar não só as instituições envolvidas, como o administrador e o gestor.
Portanto, deve-se levar em conta essa questão no momento de optar por esse tipo de investimento, pois tais taxas terão impacto direto sobre o retorno da aplicação.
Uma dessas taxas, por exemplo, a de administração, remunera os serviços de administração e gestão e recai sobre todo o patrimônio que é mantido pelo investidor.
Mais: não importa se o Fundo Cambial obteve lucro ou não, essa taxa é sempre cobrada, embora não seja possível mencionar o percentual, pois varia de acordo com as instituições.
O investidor também deve estar preparado para a cobrança de outra taxa que pode existir: a de performance, uma remuneração baseada no resultado. Essa taxa pode ser considerada como um bônus que é cobrado pelo administrador em virtude de ter obtido uma rentabilidade superior a um referencial previamente combinado.
Quando o Fundo Cambial previr a taxa de performance mas obtiver desempenho acima do benchmark, parte do ganho excedente será destinado ao administrador. Mas quando a rentabilidade é negativa, a taxa não é cobrada.
Tributação do Fundo Cambial
Trata-se de um investimento que está sujeito a dois impostos: o Imposto de Renda (IR) e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O IR incide sobre a rentabilidade das carteiras – não incide sobre todo o patrimônio – e quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, menor será a taxa paga ao governo. Já o IOF é cobrado somente se o resgate do investimento for realizado em período inferior a 30 dias a partir da data da aplicação.
Afinal, vale a pena investir nos Fundos Cambiais?
Como sempre deve ocorrer quando se trata de avaliar se determinado investimento vale a pena, o investidor deve analisar o seu próprio perfil.
Neste caso, é importante ter em mente que os Fundos Cambiais podem sofrer variações importantes em períodos de tempo relativamente curtos. Este fato deve ser considerado pois nem todos têm disposição para encarar certos riscos.
Há, sim, grandes chances de ganhar, mas de perder dinheiro também, afinal as taxas de câmbio podem subir ou cair rapidamente.
Mas a diversificação permitida pelos Fundos Cambiais é uma vantagem, sem falar na proteção do dinheiro das variações de preço das moedas estrangeiras – fator de relevância para quem tem compromissos fora do País.
Muitos Fundos, inclusive, requerem aplicações iniciais relativamente baixas – sim, há opções para investidores de diferentes portes no mercado financeiro.
Vale ressaltar ainda que, apesar de se tratar de um investimento que acompanha as oscilações de moeda estrangeira, o aporte e o resgate são feitos em Real.
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