Mesmo com um crescimento considerável entre os investidores brasileiros, o mercado de Renda Variável ainda gera muitos mitos. Todos eles relacionados à uma suposta imprevisibilidade deste tipo de investimento. A forma como as “grandes quebras” são retratadas, sobretudo no cinema, provoca a impressão de que é possível perder tudo do dia para a noite ao focar nestes produtos.
Para blindar o investidor mais arrojado, contudo, existem vários recursos de proteção ao investimento, e o stop loss é um deles.
Em tradução literal, stop loss quer dizer “parar a perda”, mas contém um significado a mais. Imagine que ao comprar uma ação, você possa estabelecer um patamar mínimo de depreciação a partir do qual o papel é vendido automaticamente. Este gatilho é a ordem de stop loss, que pode ser estabelecido no momento da compra da ação.
Suponha uma ação é vendida a R$ 10,00 e que, por qualquer infortúnio envolvendo a empresa ao longo do pregão, passe a valer R$ 9,00 no fim do dia. Trata-se de uma perda de 10%, sendo muito expressiva.
Agora, suponha que você tenha amarrado esta ação ao stop loss na casa dos R$ 9,40. Quando a ação atingir este patamar, sem qualquer intervenção sua, o papel é vendido automaticamente e você se livra de perdas maiores mesmo na seara das rendas variáveis.
O contrário também existe, e atende pelo nome de stop gain.
Imagine que você não tem tempo de acompanhar o mercado de ações de maneira simultânea ao pregão e, por isso, não consegue acompanhar quando o papel atinge um valor muito rentável de venda.
O stop gain estabelece uma espécie de “sarrafo” a partir do qual a ação é vendida, chegando a um patamar vantajoso considerando o valor que você pagou por ela. No nosso exemplo anterior, o stop gain pode ser de R$ 11,10, um aumento de mais de 10%.
Agora vem a dúvida: como definir esses patamares?
Não há uma resposta assertiva para todos os casos. Isso depende do perfil do investidor, da expectativa de resgate e do comportamento do mercado com relação às ações que estão em sua carteira.
É o bom e velho “cada caso é um caso”, lembrando que o stop loss, naturalmente, deve ser fixado em um valor abaixo da última cotação daquele papel.
Mesmo assim, antes de comprar qualquer ação, um protocolo com quatro quesitos básicos deve ser levado em conta:
- Preço de compra
É o valor que você pagou pela ação - Objetivo/meta
É quanto você quer alcançar com esta ação - Stop gain
É o patamar a partir do qual a ação é vendida automaticamente - Stop loss
É o piso inferior ao qual a ação é vendida automaticamente
É claro que essas diretrizes são variáveis e oscilam conforme a volatilidade do mercado e a valorização ou depreciação de cada papel. Estabelecer stop loss a valores muito próximos daquele de compra sinaliza que o investidor ainda tem muito receio com o mercado de ações – o ideal é que haja uma margem coerente para negociação, compra e venda antes de alcançar este limite.
Importante lembrar que alguns home brokers (plataformas de integração ao pregão e a outros investimentos) já possuem esse gatilho.
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