O Collar é uma estratégia de defesa para o(a) investidor(a) que já possui ou deseja comprar um ativo como proteção. Nessa estrutura, quem investe consegue garantir que a posição seja mantida em caso de queda do mercado ao mesmo tempo em que possibilita as chances de ganhos, se houver valorização e aumento de preços. No entanto, é importante ressaltar que o investidor tem as perdas e ganhos máximos limitados nestes casos.
Para realizar um collar é preciso ter a presença de três componentes: o ativo negociado, uma call – a venda de uma opção de compra – e a put – a compra de uma opção de venda. Por isso, a estratégia é considerada uma operação casada.
Por exemplo: um investidor tem 1000 ações em carteira adquiridas a R$20 cada. Ele, então, compra a mesma quantidade em opções de venda (put) com um preço de exercício (strike) em R$22 e vende 1000 opções de compra (call) com strike em R$24.
Ao lançar uma call, o investidor acredita que o preço das ações vai ficar abaixo do preço de exercício. Assim, não é vantajoso para o comprador realizar a compra. Dessa forma, o investidor lucra com o prêmio da venda da call e não precisa entregar a ação ao comprador.
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Ao comprar as opções de venda (put), o investidor garante o direito de vender os ativos pelo valor de R$20. Dentro de um collar, caso haja uma baixa no mercado e as ações passem a ser cotadas a R$18, por exemplo, o lançador da put deverá comprar de volta os ativos a um preço maior, fazendo com que o investidor do collar ganhe na operação.
O risco deste tipo de estratégia está na falta de disciplina para o acompanhamento. Por isso, é fundamental ter o acompanhamento de uma assessoria de investimentos e lembrar que, embora seja uma estrutura protetiva, é importante que ela esteja alinhada ao perfil do investidor (neste caso, aqueles com perfil mais arrojado e disposto a riscos). Também vale lembrar que este tipo de operação não deve ser feito com recursos dos quais o investidor precisará em curto prazo.