As últimas semanas foram marcadas por ruídos no cenário econômico no Brasil que influenciaram — e muito — os investimentos. Tanto que o tópico investir em renda fixa voltou a ganhar notoriedade.
Nesse contexto, o que esperar da economia brasileira e como escolher os melhores ativos para o seu portfólio?
Aqui na Monte Bravo, nosso time de análise ajuda você a entender os movimentos do mercado e saber o que considerar antes de fazer os seus próximos investimentos. Acompanhe.
O que está acontecendo no cenário econômico no Brasil?
Em abril deste ano, o Ministério da Fazenda anunciou uma mudança na meta fiscal de 2025, um movimento que não foi bem digerido pelo mercado. Desde então, discussões no campo político aumentaram as dúvidas sobre o rumo das contas públicas no Brasil.
Esse assunto é fundamental para o futuro da economia brasileira. O equilíbrio entre despesas e gastos do governo é essencial para manter a dívida pública sob controle, o que influencia diretamente a cotação do dólar e a inflação no país.
Diante das incertezas sobre esse tema, entre 15 de abril e 30 de junho de 2024:
- o Índice Bovespa, principal referência do mercado brasileiro de ações, caiu 2%;
- a cotação do dólar foi de R$ 5,18 para R$ 5,59 (e chegou a bater os R$ 5,70 no início de julho);
- os juros dos títulos IPCA+ (cuja rentabilidade é atrelada à inflação) entraram na casa dos 6% ao ano, um acontecimento raro, como já explicamos aqui.
Além disso, as expectativas para a inflação no Brasil pioraram e o cenário no exterior se tornou menos favorável a cortes de juros no Brasil, o que fez o Banco Central agir.
Em sua última reunião, em 19 de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu interromper a trajetória de queda da Selic, a taxa básica de juros brasileira. Hoje, a Selic está em 10,5% ao ano.
O que esperar da economia de agora em diante?
Considerando todos esses elementos, o nosso time de análise reavaliou as projeções para os próximos meses. Os principais ajustes foram:
- A Selic deve ficar estacionada em 10,5% ao ano pelo menos até o fim de 2024 segundo a edição mais recente do Relatório Focus (pesquisa divulgada pelo Banco Central que reúne as projeções de analistas do mercado).
- O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve fazer cortes nos juros americanos neste 2º semestre, porém não na magnitude prevista no início do ano. Aqui na Monte Bravo, esperamos 3 cortes de 25 pontos-base até o fim de 2024.
Como esse cenário afeta os investimentos?
Em tempos de juros altos, a renda fixa ganha maior atratividade. Isso porque:
- O CDI, referência para os investimentos conservadores, é uma taxa muito próxima à Selic. Se a perspectiva é de juro básico alto, o CDI deve permanecer igualmente elevado.
- A rentabilidade prometida por investimentos prefixados e atrelados à inflação tende a aumentar, uma vez que ela se baseia em expectativas de juros futuros.
- A renda fixa oferece maior previsibilidade de retorno, o que é especialmente valioso em tempos de incerteza econômica.
Os investimentos que se beneficiam desse cenário são:
Títulos públicos
Os títulos do Tesouro Direto (Tesouro Selic, IPCA+ e Prefixado) e as NTN-Bs (atreladas à inflação) tendem a oferecer rentabilidade mais alta em tempos de incerteza.
CDBs
São títulos bancários de renda fixa que oferecem retorno associado ao CDI ou ao IPCA. Também podem estar disponíveis na versão prefixada.
LCIs e LCAs
São títulos bancários isentos de Imposto de Renda. Também podem ter rentabilidade prefixada ou estar associados ao CDI e ao IPCA.
Debêntures
Títulos de dívida corporativa, oferecem rentabilidade prefixada ou associada a índices como CDI e IPCA. Geralmente têm prazo de vencimento mais longo e menos liquidez.
Fundos de renda fixa
São aplicações que reúnem títulos de renda fixa de diversos tipos e são uma ferramenta para diversificação de portfólio. Com diferentes estratégias, eles contemplam diversos perfis de investidor.
Como escolher os melhores investimentos?
Independentemente do cenário, é importante fazer investimentos de acordo com o seu perfil, o seu momento de vida e os seus objetivos financeiros. Por isso, antes de escolher onde investir, é preciso analisar os seguintes pontos:
- Sua reserva de emergência está em dia? Você tem recursos para cobrir seu custo de vida em caso de algum imprevisto? Por quanto tempo?
- Você já investe para manter seu padrão de vida na aposentadoria?
- Você pretende investir nos seus negócios ou fazer alguma grande aquisição nos próximos meses?
- Como anda a diversificação da sua carteira? Seu portfólio está protegido contra os riscos que o cenário atual oferece?
Você não precisa saber todas essas respostas. Nós estamos aqui para ajudar você a analisar esses pontos e montar a carteira ideal para as suas necessidades. Abra sua conta na Monte Bravo ou entre em contato com seu assessor de investimentos para saber mais.