A volatilidade está sendo a marca do mês de agosto. No entanto, passadas duas semanas do crash causado pelo Iene, a área de Análise da Monte Bravo Corretora entende que nossa visão inicial foi validada.
Enxergamos que a reação pela desmontagem das posições financiadas na moeda japonesa foi exagerada. A rápida recuperação dos mercados de risco globalmente corrobora com esta tese.
A maioria das bolsas de valores já está acima do patamar de fechamento no dia 2 de agosto, véspera do crash nos ativos de risco. Isto inclui desde o próprio Nikkei 225, de Tóquio, até o americano S&P 500 —passando por Nasdaq, Euro Stoxx e o nosso Ibovespa.
Os juros dos títulos do Tesouro Americano caíram mais um pouco. O título de 10 anos recuou para a faixa de 3,90%, mas o medo de uma recessão foi afastado por dados que mostram uma economia em desaceleração suave.
Nesse contexto, os ativos de risco no mundo inteiro seguem em alta. O movimento confirma nossa tese de que a proximidade do ciclo de redução de juros nos EUA traria um enfraquecimento do dólar, estimulando a compra de ativos de risco ao redor do mundo.
No front geopolítico, todos aguardam o próximo movimento do Irã no Oriente Médio, por conta da promessa de uma resposta severa ao assassinato do líder do Hamas no mês passado. A Marinha dos EUA enviou navios de guerra e um submarino para o Oriente Médio, enquanto o país também produziu uma proposta de cessar-fogo.
No Brasil, a semana foi de ganhos nos juros longos, que fecharam acompanhando a queda do dólar. O IFIX, principal índice do mercado de Fundos Imobiliários, avançou 2%. O Ibovespa subiu 2,6% e está perto de zerar o prejuízo acumulado no ano.
O Cenário Base Monte Bravo, ao qual atribuímos 65% de chance de concretização, segue contando com uma solução razoável para o superávit primário de 2025, que vai trazer o risco para baixo e ajudar o Real a apreciar. Agora, a bola está com o governo. Sem isso, vamos para o nosso Cenário Alternativo, onde a inflação em alta vai obrigar o BC a aumentar os juros.
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