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Mercados
A reunião de julho do Fed começará nesta terça-feira (30) e será concluída com o anúncio de política monetária e uma coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, amanhã (31). Espera-se que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas esta semana, mas os mercados estão apostando que o banco central dos EUA começará a cortar as taxas na próxima reunião, em setembro.
A atenção estará voltada para a coletiva de imprensa de Powell, que deve sancionar a expectativa de um corte em setembro.
As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA estão estáveis na hoje, com a taxa dos títulos de 10 anos em 4,17% e a taxa dos títulos de 2 anos em 4,39%. O índice do dólar, que mede a moeda ante uma cesta de pares, pouco mudou — ficando em 104,64.
Os futuros de petróleo bruto dos EUA caíram quase 2% na segunda-feira (29), pois os investidores pareceram indiferentes ao risco de uma ampliação da guerra entre Israel e a milícia Hezbollah, apoiada pelo Irã, depois que um foguete disparado do Líbano matou 12 crianças nas Colinas de Golã — ocupadas por Israel — no sábado. O Brent para setembro está a US$ 79,78 por barril, uma queda de US$ 1,35, ou 1,66%.
Os mercados asiáticos estavam majoritariamente em baixa nesta terça, enquanto o Banco do Japão iniciava sua reunião. O BOJ já disse que anunciará planos de aperto quantitativo, com a visão intermediária apontando que o banco reduzirá gradualmente pela metade suas compras mensais de títulos ao longo de um período de dois anos. Mas ainda há dúvidas sobre se o BOJ aumentará as taxas de juros na amanhã, o que seria o segundo aumento deste ano no Japão.
Os mercados europeus estão ligeiramente em alta, enquanto os resultados de lucros continuam a dominar as ações e os investidores se preparam para as decisões dos bancos centrais nos EUA e no Reino Unido. As ações dos EUA estão em baixa antes de uma série de resultados de lucros da Merck, Pfizer, PayPal, Procter & Gamble e JetBlue. Ontem, o Ibovespa fechou em queda de 0,42% aos 126.953 pontos. O dólar, por sua vez, caiu 0,57% cotado a R$ 5,6255.
Economia
Zona do Euro – O PIB cresceu 0,3% na margem no 2° trimestre de 2024, superando levemente o consenso de alta de 0,2%. Na comparação anual, houve uma aceleração moderada, com uma alta de 0,6% após um aumento de 0,5% nos primeiros três meses do ano.
A queda da inflação deve continuar reduzindo a pressão sobre a renda real das famílias, apoiando o consumo. Com a redução das taxas de juros pelo BCE, espera-se que o sentimento e o investimento sejam impulsionados. Dados recentes de crédito indicam que a pressão sobre os gastos já diminuiu consideravelmente.
O PIB da França cresceu 0,3% no trimestre, acima do consenso de 0,2%. Na Alemanha, o PIB diminuiu 0,1% no segundo trimestre de 2024, após um aumento de 0,2% no primeiro trimestre. Este foi um resultado negativo, já que o consenso era de um crescimento de 0,1%. O destaque negativo foi a queda nos investimentos.
Brasil – O resultado primário do setor público foi deficitário em R$ 40,9 bilhões em junho. O déficit foi maior que a mediana das expectativas de mercado, de R$ 39,4 bilhões. No acumulado de 12 meses, o resultado primário consolidado registrou déficit de R$ 272,2 bilhões, equivalente a -2,4% do PIB.
A dívida bruta do governo geral totalizou R$ 8.692 bilhões (77,8% do PIB), um incremento de 1,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. Os principais fatores responsáveis pelo aumento da dívida bruta foram as emissões líquidas e os juros incorridos no período. A dívida líquida também foi impactada por esses fatores, mas a desvalorização cambial ocorrida no mês ajudou a atenuar esse impacto. Mantemos nossa expectativa de déficit de 0,8% do PIB em 2024 e a dívida bruta atingindo 78,4% do PIB.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.