Informe diário Monte Bravo Corretora — 27/08/2024

27/08/2024 às 09:11

27

Terça

Ago

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Mercados

Os ativos de risco estão praticamente estáveis nesta terça-feira (27). As preocupações com as tensões no Oriente Médio contrabalançam o otimismo dos mercados com os cortes de juros iminentes nos EUA.

Os temores de um conflito mais amplo após a troca de mísseis entre Israel e Hezbollah no fim de semana diminuíram, mas a tensão permanece elevada.

A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou ontem (26) que uma redução de 25 pontos-base nos Fed Funds em setembro parece provável.

Um corte nos juros no dia 18 de setembro já é consenso. Hoje, o mercado projeta 72% de chance de um corte de 25 p.b. 28% de um corte de 50 p.b. na  taxa dos Fed Funds.

Ao todo, a projeçlção é de 99 p.b. de cortes em 2024, com um ciclo total de 220 p.b. até 2025. O cenário da Monte Bravo é de cortes sequenciais de 25 p.b. levando a taxa de Fed Funds para 3,5% em 2025.

Os títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos sobem ligeiramente. A taxa de juros do Tesouro de 10 anos está em 3,85%, enquanto a de 2 anos está em 3,95%.

O índice do dólar está estável em 100,8. O ouro à vista cai 0,4% para US$ 2.508 por onça, mas ainda acumulando alta de 21,5% este ano.

Os preços do petróleo interromperam o avanço recente, recuando um pouco após subir mais de 7% nas três sessões anteriores por conta do conflito no Oriente Médio. Os futuros do Brent caíram 32 centavos, ou 0,39%, para US$ 81,1 por barril.

Os mercados asiáticos caíram na terça-feira, acompanhando as perdas do S&P 500 e do Nasdaq na véspera. Os mercados europeus abriram ligeiramente em alta, enquanto os futuros de ações dos EUA estão próximos da estabilidade.

O mercado está ansioso para o resultado da Nvidia na quarta-feira (28). As ações da empresa de semicondutores fecharam em queda de 2% ontem. Ontem o Ibovespa subiu 0,94% aos 136.889 pontos, puxado pelas ações da Petrobras ON (+8,96%) e PN (+7,26%) devido à alta de 3% do petróleo. O dólar caiu  0,62%, fechando em 5,4921.

Economia

EUA – Os novos pedidos de bens duráveis aumentaram 9,9% em julho, superando a estimativa de consenso, que era alta de 5,0%. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas encomendas de aeronaves de defesa. Os embarques de bens de capital não relacionados à defesa, importantes para a FBCF, diminuíram 0,4% — em contraste com uma leitura anterior estável. Esses resultados fracos indicam que tanto os pedidos quanto os embarques estão em território negativo, em termos anualizados, no início do terceiro trimestre. O tracking do PIB do 3° trimestre indica alta de 2,0% na margem em termos anualizados.

Brasil – O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que o Brasil está passando por um processo de desancoragem das expectativas de mercado, o que tem levado a taxas de juros mais altas e a uma previsão de inflação que se distancia da meta.

Galípolo enfatizou que, diante desse cenário, o Banco Central adotou uma postura conservadora, interrompendo o ciclo de cortes de juros e permanecendo atento aos dados econômicos para guiar suas decisões. Ele reforçou a importância de monitorar o crescimento da demanda para evitar pressões inflacionárias que possam comprometer o poder de compra da população. Por fim, o diretor do BC afirmou que todas as opções de política monetária estão em consideração.

Brasil – O déficit em conta corrente de julho superou as expectativas, atingindo US$ 25,6 bilhões nos primeiros sete meses de 2023, um aumento significativo em relação ao ano anterior, impulsionado principalmente pelo crescimento nos gastos com serviços. Anualmente, o déficit alcançou US$ 34,8 bilhões (-1,56% do PIB), refletindo despesas maiores com serviços e juros. O Banco Central revisou a previsão de déficit para 2023 para US$ 44 bilhões. Apesar do aumento no déficit, os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 7,3 bilhões em julho e US$ 45,1 bilhões no ano — impulsionados por empréstimos intercompanhia e lucros reinvestidos. O saldo de investimentos externos em carteira também foi positivo, especialmente em ações, que registrou entrada de US$ 859 milhões. No geral, as contas externas permanecem sólidas, com IDP superando o déficit em conta corrente e projeções de fluxo líquido entre US$ 75 e 80 bilhões para o ano.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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