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Mercados
As moedas de commodities tocaram mínimas nesta manhã de quarta-feira (24), reagindo à fraqueza na demanda chinesa. Enquanto isso, o iene subiu com os vendedores a descoberto saindo das posições antes da reunião do banco central japonês.
Os números de crescimento da China ficaram abaixo das expectativas e os cortes de taxas de surpresa na segunda-feira (22) chamaram a atenção para uma perspectiva fraca para a demanda de matérias-primas, pressionando commodities como minério de ferro e cobre para mínimas de três meses nesta quarta.
As taxas dos títulos do Tesouro caíram na hoje. A nota do Tesouro de 10 anos foi negociada marginalmente mais baixa a 4,237%, enquanto a nota do Tesouro de 2 anos caiu para 4,439%.
O índice do dólar dos EUA estava próximo de uma máxima de duas semanas. O yuan da China permaneceu estável a 7,2909 no comércio offshore. Os preços do ouro subiram nesta quarta, com o ouro à vista subindo 0,3% para US$ 2.416,62 por onça.
A queda nos estoques de petróleo bruto dos EUA fez com que os preços do petróleo se recuperassem hoje após vários dias de queda. Os futuros do petróleo Brent para setembro estavam em US$ 81,47 por barril.
Os mercados asiáticos caíram nesta quarta, seguidos pelos mercados europeus, que também abriram em baixa. Nos EUA, os futuros das ações estão em queda após os resultados do 2° trimestre da Alphabet e Tesla, divulgados na terça-feira (23).
A Alphabet, empresa-mãe do Google, teve receita e resultados alinhados com as estimativas dos analistas, mas ficou aquém das expectativas de receita de publicidade no YouTube. Já a Tesla reportou resultados fracos, com uma queda de 7% na receita automotiva em relação ao ano anterior. Ontem (22), o Ibovespa perdeu 0,99%, aos 126.589 pontos, puxado pela queda de commodities. Vale (-1,34%) e metálicas foram as principais pressões na bolsa brasileira, junto com Petrobras. A baixa do minério de ferro (-3,43%) ocorreu devido à perspectiva de fraqueza na China, o que junto com o risco fiscal impactou o dólar que subiu 0,29%, fechando a R$ 5,5863, pressionando os juros futuros.
Economia
Zona do Euro – O PMI da indústria da zona do euro caiu para 45,6 pontos em julho, comparado a 45,8 pontos em junho, indicando desafios persistentes no setor. Os custos de insumos aumentaram, enquanto novos pedidos e produção permanecem fracos, levando as indústrias a oferecerem maiores descontos nos preços de venda e comprimindo suas margens de lucro.
Os novos pedidos, especialmente de exportação, caíram acentuadamente. Houve redução de estoques e do emprego, com a Alemanha registrando os maiores cortes de emprego em quase quatro anos.
Na Alemanha, o PMI Industrial recuou para 42,6 pontos, intensificando a deterioração do setor. No entanto, os serviços cresceram tanto na Alemanha quanto na França, impulsionados pelos Jogos Olímpicos.
O PMI composto da S&P Global caiu para 50,1 em julho, a pior leitura desde fevereiro, com a Alemanha surpreendentemente abaixo de 50 pontos e a França ligeiramente melhor, com 49,5 pontos.
Esses dados aumentaram para 85% a probabilidade de um corte de 25 p.p. na taxa de juros pelo BCE em setembro — para 3,50% a.a. O corte de juros se justifica pela menor demanda, pelos custos elevados e pelas margens comprimidas, o que mantém as pressões inflacionárias sob controle.
EUA – As vendas de residências existentes caíram 5,4% em junho, totalizando 3,89 milhões de unidades anuais, abaixo da expectativa dos analistas, que previam uma queda de 3,2%. No primeiro semestre, a média mensal de vendas foi 3,1% inferior ao mesmo período de 2023, mantendo a tendência de baixa. Diversos fatores explicam o fraco desempenho, como os preços altos e os custos elevados de financiamento habitacional. No entanto, há sinais de possível recuperação: a construção de novas residências aumentou nos últimos meses e o estoque de residências usadas à venda é suficiente para 4,1 meses de vendas, a maior proporção em 4 anos. Além disso, o custo dos financiamentos deverá diminuir com o início do corte de juros pelo FED em setembro.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.