Mercados
Os dados econômicos recentes dos EUA indicaram alguma fraqueza, com os indicadores do setor imobiliário apontando desaceleração e com as altas dos juros impactando a atividade.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA caíram moderadamente na semana passada, enquanto a construção de novas moradias diminuiu. Isso, juntamente com as vendas no varejo fracas do mês passado, mantém em pauta a possibilidade de um corte nas taxas de juros em setembro.
Apesar disso, o índice do dólar, que mede a moeda contra seis principais pares — incluindo o iene, a libra esterlina, o euro e o franco suíço —, subiu 0,41% durante a noite, tornando-se positivo na semana após o segundo corte consecutivo de taxas pelo Banco Nacional Suíço e sugestões do Banco da Inglaterra para uma redução em agosto. O índice do dólar está praticamente estável em 105,66.
As taxas de juros dos títulos do Tesouro dos EUA caíram ligeiramente nesta sexta-feira (21), com a taxa de juros do Tesouro de 10 anos 2 pontos-base mais baixa, a 4,23% ao ano. A taxa de juros da nota do Tesouro de 2 anos também caiu 2 p.b., para 4,71% a.a.
Os futuros do petróleo bruto caíram nas primeiras negociações de hoje, devido à perspectiva de taxas de juros mais altas por mais tempo na Ásia e nos Estados Unidos, enquanto a queda dos estoques de petróleo dos EUA impediu que os preços caíssem mais. Os futuros de Brent para agosto caíram 11 centavos, para US$ 85,60 por barril.
Os mercados asiáticos caíram nesta sexta, após os dados de inflação básica de maio do Japão serem um pouco mais fracos do que o esperado — colocando em risco os planos do país de aumentar as taxas de juros. As ações europeias caíram na manhã de hoje, enquanto os investidores monitoravam uma série de decisões de bancos centrais e divulgações de dados.
Os futuros do S&P 500 estavam ligeiramente mais baixos pela manhã, depois que o amplo índice de mercado subiu brevemente acima de 5.500 pela primeira vez.
Por aqui, o Ibovespa repercutiu a manutenção da Selic pelo Copom e subiu 0,15%, aos 120.445 pontos. Outros ativos correspondiam à animação, mas pioraram o desempenho depois que Lula voltou a criticar Campos Neto e a decisão do BC. Juros futuros caíam em bloco, mas terminaram o pregão próximos do ajuste. O dólar subiu 0,37, a R$ 5,4619.
Economia
Zona do Euro – O PMI indica desaceleração da atividade em junho. Os PMIs preliminares da indústria e de serviços caíram este mês, atingindo 45,6 e 52,6 pontos — respectivamente — e ficando abaixo das expectativas. No setor industrial, houve uma acentuada queda nos novos pedidos e na produção, enquanto os preços dos insumos voltaram a subir pela primeira vez desde fevereiro de 2023.
A queda nos novos pedidos, impulsionada por uma significativa redução nos mercados de exportação, resultou em uma contração no acúmulo de pedidos em atraso. A redução dos estoques continuou neste trimestre, com os produtores diminuindo suas compras. Os fabricantes de equipamentos mantiveram os descontos nos preços de venda, reduzindo suas margens.
Nas duas principais economias da zona do euro, a atividade econômica desacelerou, com o PMI composto caindo na Alemanha e na França. No setor industrial, a contração se intensificou em ambas as regiões, especialmente na Alemanha. Na França, a contração generalizada foi reflexo das condições financeiras mais apertadas e do aumento do risco político.
EUA – As construções residenciais caíram 5,5% em maio, muito abaixo da expectativa de consenso de um aumento de 0,7%, após avanço de 4,1% em abril. O volume anualizado de construções residenciais ficou em 1,277 milhão de unidades. As construções de prédios diminuíram 10,3%, enquanto as construções de casas tiveram uma queda mais modesta, de 5,2%.
As permissões para novas construções, um indicador antecedente da atividade de construção residencial, caiu 3,8% em maio (anterior -3,0%), abaixo das expectativas de consenso de um aumento de 0,7%.
Brasil – O Tesouro Nacional captou US$ 2,0 bilhões em bonds sustentáveis com vencimento em 2032, oferecendo retorno de 6,375% e cupom semestral de 6,125%. A operação, realizada com spread de 212 p.b. acima das treasuries equivalente, atraiu demanda de US$ 4,7 bilhões. Investidores da Europa e América do Norte participaram majoritariamente, com 77% da alocação, enquanto a demanda de investidores da América Latina foi de 14%.