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Mercados
Os ativos de risco estão no aguardo da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) nos dias 17 e 18 de setembro quando o Banco central dos EUA deve começar o ciclo de redução das taxas de juros.
Atualmente, a taxa base do Fed, os Fed Funds, está entre 5,25% e 5,5%. O mercado está divido sobre um corte de 25 p.b. ou 50 p.b. e segundo o Financial Times e o Wall Street Journal a decisão será apertada.
As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA estão um pouco mais altas, com o título de 10 anos subindo para 3,65% e o de 2 anos em 3,58%.
O dólar enfraquece na sexta-feira, com o euro e o iene em alta, o índice do dólar está em 101. Os preços do ouro dispararam para um recorde histórico na sexta-feira, com o ouro à vista subindo 0,2%, a US$ 2.565 por onça, depois de atingir um recorde de US$ 2.567,93 no início da sessão. O metal precioso acumula uma alta de 2,7% na semana até agora.
Os preços do petróleo subiram na sexta-feira, estendendo um rali impulsionado por interrupções na produção no Golfo do México dos EUA por causa do furacão Francine. Os contratos futuros do Brent subiram 34 centavos, ou 0,5%, para US$ 72,31 por barril.
Os mercados da Ásia fecharam mistos na sexta-feira, com os mercados chineses continentais atingindo seu nível mais baixo desde 2019, enquanto os mercados australianos se aproximaram de uma alta histórica.
As ações europeias sobem, com os investidores ainda digerindo a decisão do Banco Central Europeu de cortar as taxas e seu impacto na política monetária futura, enquanto os futuros das ações dos EUA mostraram pouca variação.
A semana está sendo marcada por uma recuperação do setor de tecnologia que vive a melhor semana desde meados de agosto. O movimento dos investidores para comprar ações de tecnologia que estavam em baixa esta semana elevou o setor em 6,88%. A Nvidia, que é uma das líderes em inteligência artificial, disparou quase 16% nesta semana, enquanto a Broadcom subiu 20% na semana até agora. Por aqui, o Ibovespa caiu 0,48%, aos 134.029 pontos. O dólar caiu 0,56% para fechar cotada a R$ 5,6182. O tema fiscal voltou a elevar a percepção de risco com a notícia da isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, o que levou a uma forte alta dos juros futuros.
Economia
Zona do Euro – O Banco Central Europeu (BCE) anunciou um novo corte nas taxas de juros, reduzindo a taxa de depósitos de 3,75% para 3,5% a.a. A decisão reflete a preocupação com as pressões inflacionárias, embora alguns fatores, como a redução das margens de lucro, estejam aliviando o impacto no mercado de trabalho. As projeções de inflação para os próximos anos foram levemente ajustadas, com previsão de 2,5% para 2024 e 1,9% para 2026, enquanto as estimativas de crescimento do PIB foram reduzidas para 0,8% em 2024 e 1,5% em 2026. Durante a coletiva de imprensa, Christine Lagarde, presidente do BCE, enfatizou a dependência do banco em relação aos dados econômicos e indicou que novas reduções nos juros são prováveis ainda este ano, sem especificar quando. O BCE mantém uma postura cautelosa, especialmente devido à persistência da inflação nos serviços e às pressões salariais.
EUA – O índice de preços ao produtor (PPI) subiu 0,2% em agosto, superando as expectativas de 0,1%. Em relação ao ano anterior, o PPI registrou aumento de 1,7%, o menor crescimento desde o início de 2024. Excluindo alimentos e energia, o PPI avançou 0,3% no mês e 2,4% em doze meses. As categorias do PPI incorporadas ao PCE deflator mostraram um comportamento mais moderado, o que pode aliviar a pressão sobre a política monetária. Custos com gestão de carteiras, cuidados médicos e internações hospitalares se mantiveram estáveis, e tarifas aéreas caíram 0,8% devido à menor demanda por viagens de lazer. A expectativa é o núcleo do PCE registre alta de 0,2% na margem em agosto. Na comparação anual, o avanço esperado é de 2,7%.
Brasil – As vendas no varejo em julho subiram 0,6% na margem no conceito restrito e 0,1% na margem no conceito ampliado, ambos superando as expectativas do mercado. O volume de vendas de julho foi o segundo maior da série histórica. No conceito restrito, cinco das oito categorias registraram crescimento, com destaque para Hiper e supermercados, impulsionados pela queda no preço de alimentos.
No conceito ampliado, o principal destaque foram as vendas de veículos, que cresceram quase 16% no ano, registrando o maior volume desde 2013, impulsionadas por condições de crédito mais favoráveis oferecidas pelas montadoras. Esse desempenho tem impactado positivamente os bens sensíveis ao crédito. Com a surpresa das vendas do varejo e o setor de serviços registrando desempenho acima do esperado, revisamos a projeção para o PIB do 3° trimestre de 0,3% para 0,6% na margem. A projeção para o crescimento de 2024 foi mantida em 3,0%.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.