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Mercados
No front geopolítico, o conflito no Oriente Médio escalou e os EUA se preparam para um eventual ataque significativo do Irã ou de seus aliados na região nesta semana, segundo John Kirby, porta-voz de segurança nacional da Casa Branca.
No que tange à economia, os mercados vão estar atentos à inflação. O PPI será divulgado hoje e o CPI amanhã. O índice de preços ao produtor de julho — preços no atacado — deverá mostrar um aumento mensal de 0,2%, em linha com o mês anterior. O índice de preços ao consumidor deve mostrar um aumento de 0,2% no mês tanto no índice como em seu núcleo — trazendo as taxas anuais para 3,0% e 3,2% respectivamente.
Os mercados estão divididos entre uma redução de 25 ou 50 p.b. nas taxas de juros dos EUA em setembro, com uma expectativa total de 100 p.b. de afrouxamento até o final de 2024. As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA pouco mudaram nesta manhã de terça-feira (13), com a taxa dos títulos de 10 anos em 3,92% e a de 2 anos em 4,03%.
O dólar norte-americano está estável com o DXY em 103,2.
Os preços do petróleo estão em queda, interrompendo uma sequência de cinco dias de ganhos, depois que a OPEP reduziu sua previsão de crescimento da demanda em 2024 devido a expectativas mais fracas na China. Os futuros do Brent recuaram 41 centavos, ou 0,5%, para US$ 81,89 por barril.
Os principais índices do Japão subiram acentuadamente na terça-feira, com a retomada das negociações nas ações do país após um feriado. O índice Nikkei 225 saltou 3,45% para encerrar a sessão em 36.232 pontos — ultrapassando os 36.000 pontos pela primeira vez desde 2 de agosto.
Os mercados asiáticos subiram em sua maioria. As ações europeias abriram em alta nesta terça, enquanto nos EUA os futuros estão praticamente estáveis.
Ontem (12), por aqui o dólar caiu 0,34%, fechando a R$ 5,4962. O Ibovespa avançou 0,38%, aos 131.116 pontos, com o petróleo em alta impulsionado os papéis da Petrobras ON (+2,79%) e PN (+2,27%).
O mercados repercutiram as falas de Campos Neto, que reafirmou o compromisso do BC com a meta de inflação, e de Gabriel Galípolo, que colocou na mesa uma eventual alta da Selic. Em função disso, os juros futuros que estavam em queda, fecharam o dia em leve alta mesmo com a queda do dólar.
Economia
Zona do Euro – O índice de expectativas da economia da Alemanha (ZEW) caiu significativamente para 19,2 pontos em agosto, queda ante os 41,8 pontos registrados no mês anterior e abaixo das expectativas 34,0 do consenso. Embora esse resultado ainda esteja acima da média de 10 anos, que é de cerca de 13 pontos, ele reflete a gravidade da crise econômica na Alemanha — evidenciada pela forte queda nas expectativas do ZEW em agosto. Fatores como a fraqueza no comércio global, tensões geopolíticas e preocupações com a segurança energética estão pressionando o sentimento econômico.
Brasil – Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do Banco Central, ressaltou a importância da autonomia da instituição, afirmando que as decisões serão cada vez mais tomadas de forma colegiada, dentro de um arcabouço legal e institucional.
Galípolo também comentou que o início dos cortes de juros nos Estados Unidos pode não ter um impacto significativo nas decisões de juros no Brasil, já que esse movimento já foi parcialmente antecipado. O cenário do Copom considera uma flexibilização gradual da política monetária nos EUA, em um contexto de desaceleração econômica.
Quanto ao cenário alternativo mencionado nas últimas atas do Copom, onde o IPCA ficaria em 3,2% no primeiro trimestre de 2026, ele esclareceu que isso não significa necessariamente que a Selic será mantida em 10,5%. Ele reiterou que a possibilidade de alta na Selic continua em discussão e depende da evolução da situação econômica.
Galípolo também comentou que o cenário para a inflação é preocupante e, em sua visão, o balanço de riscos para a inflação é assimétrico. Como diretor do BC, ele enfatizou que sua missão é buscar o cumprimento da meta de inflação. Portanto, as recentes declarações do diretor mantêm uma mensagem dura, que não exclui a possibilidade de alta de juros na reunião de setembro.
Mantemos o cenário de estabilidade da taxa Selic em 10,5% a.a. até o final do ano considerando que o governo anunciará medidas fiscais para 2025 — que diminuirão a incerteza e possibilitarão alguma valorização do câmbio, contribuindo para a reancoragem das expectativas de inflação.
Caso o ajuste fiscal decepcione e o Real não se valorize, uma elevação da Selic vai ser necessária para garantir a convergência do IPCA para a meta de 3,0%.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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