Informe diário Monte Bravo Corretora — 11/09/2024

11/09/2024 às 09:13

11

Quarta

Set

4 minutos de leitura
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Mercados

Os ativos de risco seguem sofrendo com o temor de recessão. O que faz mais sentido, porém, não é de uma recessão nos EUA, mas sim na China — o que pressionou os preços do petróleo, as taxas de juros globais e o dólar ontem (10).

A fraca demanda da China por petróleo fez com que a OPEP reduzisse a previsão de demanda global, derrubando os preços do petróleo e das demais commodities industriais.

O preço do barril de petróleo Brent caiu quase US$ 3 na terça, ficando abaixo de US$ 70 por barril — o menor nível desde dezembro de 2021. A queda nos preços do petróleo arrastou a taxa de juros dos títulos do Tesouro de 10 anos para 3,65%, níveis não vistos desde o início de 2023.

O Fed vai começar a afrouxar a política monetária em setembro, mas os mercados estão divididos sobre o tamanho do corte. Os futuros embutem uma chance de 70% de um corte de 25 p.b. e 30% de probabilidade de um corte de 50 p.b., com o total de cortes somando 110 p.b. em 2024.

O índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA sai agora às 9:30h e a projeção é de alta de 2,6% na base anual em agosto, abaixo dos 2,9% registrados em julho. O núcleo da inflação deve ficar estável em 3,2%.

O primeiro debate entre os candidatos à presidência dos EUA, Kamala Harris e Donald Trump, mostrou uma vantagem da democrata. No entanto, é preciso aguardar as pesquisas para avaliar o efeito entre os eleitores.

As taxas de juros dos títulos do Tesouro estão em queda nesta quarta-feira (11), o título de 10 anos negocia a 3,62% e o de 2 anos a 3,58%.

O índice do dólar — que mede a moeda em relação a seis pares — está estável em 101,5. O ouro à vista se mantém em US$ 2.518 por onça.

Os preços do petróleo subiram na hoje. As preocupações com a tempestade tropical Francine, que pode interromper o fornecimento de petróleo, superaram os temores relacionados à demanda. Os futuros do Brent subiram 39 centavos, ou 0,6%, para US$ 69,58 por barril.

Os mercados da Ásia fecharam em baixa nesta quarta. Enquanto isso, as ações europeias operam em leve alta nesta manhã e os futuros em NY apontam para abaixo. Por aqui, o Ibovespa caiu 0,31% aos 134.320 pontos ontem. O dólar disparou 1,32%, para fechar cotado a R$ 5,6553.

Economia

Petróleo – Novas previsões indicam estabilidade na demanda por petróleo nos EUA, com a EIA estimando um consumo de 20,3 milhões de barris por dia corrigindo a expectativa anterior de crescimento de 1%. Apesar disso, o consumo global deve aumentar em 1 milhão de barris por dia, resultando em um déficit de oferta devido à menor produção da OPEP e seus aliados.

Para 2025, a EIA espera que o consumo de petróleo nos EUA suba para 20,6 milhões de barris por dia, enquanto o consumo global deverá crescer em 1,5 milhão de barris por dia.

Brasil – O IPCA registrou deflação de 0,02% em agosto, abaixo das expectativas do mercado. Essa surpresa positiva foi influenciada por fatores como a queda nos preços de alimentos, a mudança na tarifa de energia elétrica e o desconto nas passagens aéreas. O resultado foi melhor que o esperado, com composição benigna, em especial, devido à desaceleração dos núcleos e serviços.

O núcleo de bens industriais registrou alta de 0,17% em agosto, impactado pela valorização dos aparelhos eletrônicos e móveis. Isso reflete a depreciação cambial, que pode dificultar a convergência da inflação para a meta — especialmente em um cenário de crescimento econômico acima do potencial. Por outro lado, os serviços apresentaram uma dinâmica mais favorável, com desaceleração em itens como condomínio e aluguel de veículos, embora o núcleo de serviços tenha registrado alta anual de 5,1%.

Apesar do comportamento benigno do IPCA em agosto, a expectativa é de pressão inflacionária em setembro, que deve subir 0,53% devido ao retorno da bandeira vermelha 1 nas tarifas de energia elétrica e à reversão da deflação dos alimentos. Assim, a projeção de inflação para 2024 permanece em 4,7%. Considerando a assimetria do balanço de riscos, avaliamos que o Banco Central deverá retomar o ciclo de aperto da política monetária com um aumento de 25 p.b. na taxa Selic na reunião de setembro. Essa alta deve ser seguido por duas altas de 50 p.b. e um ajuste final de 25 p.b. levando a taxa Selic para 12% a.a. em janeiro de 2025.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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