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Mercados
Os ativos de risco tiveram um dia de recuperação ontem (09). O S&P 500 subiu 1,16%, encerrando uma sequência de quatro dias de perdas, e o Nasdaq fechou com alta de 1,2% na esteira de um salto de 3,1% nas ações da Nvidia.
Esses movimentos ocorrem enquanto os investidores debatem o tamanho do corte de juros, já amplamente esperado na reunião do Fed em 18 de setembro.
O mercado vai estar atento ao índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA amanhã (11) para calibrar suas apostas sobre a política monetária, mesmo que o Fed tenha deixado claro que o emprego passou a ter prioridade.
Os mercados futuros embutem uma probabilidade de 71% de um corte de 25 pontos-base nos juros americanos, contra 29% de um corte de 50 p.b. A soma de cortes esperados em 2024 chegou a 110 p.b. — o que só acontecerá se houver um corte de 50 p.b., algo que julgamos improvável.
O foco dos investidores também estará no debate presidencial dos EUA que acontece na noite de hoje (10).
A taxa de juros do título de 10 anos do Tesouro norte-americano está quase estável em 3,71%. A taxa de 2 anos subiu para 3,68%.
O índice do dólar, que mede a moeda dos EUA ante seis pares, estava em 101,6 após subir 0,4% na segunda-feira.
Os preços do ouro estão estáveis, com o ouro à vista a US$ 2506 por onça troy. O Bitcoin está estável em US$ 57.104.
O petróleo também se manteve estável na manhã desta terça. Os contratos futuros do Brent têm leve alta de 0,22%, cotados a US$ 72,0 por barril.
Os mercados da Ásia e Pacífico fecharam mistos hoje. Enquanto isso, as ações europeias estão em leve alta e os futuros das ações dos EUA estão levemente em baixa. Por aqui, o Ibovespa avançou 0,12% ontem, aos 134.737 pontos. O dólar registrou leve queda de 0,15%, cotado a R$ 5,5817.
Economia
China – O superávit da balança comercial atingiu US$ 91 bilhões em agosto, com as exportações surpreendendo favoravelmente e as importações com desempenho mais fraco. As exportações superaram as expectativas e cresceram 8,7% em termos anuais, impulsionadas pela recuperação de bens de consumo intensivos em mão-de-obra e pelo aumento nas exportações de automóveis e produtos siderúrgicos.
Por outro lado, a demanda doméstica permaneceu fraca, com importações crescendo apenas 0,7% em termos anuais — principalmente devido ao aumento dos preços de commodities. Os preços de exportação caíram 0,4% em agosto, refletindo uma desaceleração nos preços em dólares.
A expectativa é de crescimento moderado das exportações, enquanto as importações devem continuar fracas, pressionadas pela deflação.
EUA – O índice de confiança das pequenas empresas (NFIB) caiu 2,5 pontos em agosto e chegou a 91,2 pontos, sua maior queda desde junho de 2022. Oito dos dez componentes do índice registraram enfraquecimento, com destaque para a redução de 9 pontos nas expectativas de vendas. Cerca de 37% das pequenas empresas relataram queda nos lucros, atribuída principalmente a vendas fracas, altos custos de materiais e mão de obra.
A inflação foi apontada como o principal desafio por 25% dos empresários, superando a média histórica. Em resposta, os planos de contratação diminuíram e o índice de incerteza atingiu o nível mais alto desde outubro de 2020.EUA – O crédito ao consumidor cresceu 1,9% em termos anuais em julho. O estoque total de crédito aumentou em US$ 25,5 bilhões — alcançando US$ 5,1 trilhões. A dívida rotativa, que inclui cartões de crédito, teve um acréscimo de US$ 10,6 bilhões, o maior aumento em cinco meses. O crédito não rotativo, como empréstimos para veículos e mensalidades escolares, subiu US$ 14,8 bilhões, marcando o maior avanço em mais de um ano. No comparativo anual, o crescimento de 1,9% em julho foi o mais baixo em quatro anos. Apesar disso, o crédito permaneceu elevado, exceto nas operações de crédito pessoal.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.