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Mercados
A dinâmica de alta das taxas de juros dos títulos do Tesouro dos EUA enfraqueceu nesta quinta-feira (08), à medida que uma recuperação nos mercados de ações perdeu força e os investidores aguardavam a divulgação de dados econômicos importantes. A taxa de juros do título de 10 anos do Tesouro caiu para 3,92%, enquanto a taxa de juros do título de 2 anos recuou para 3,959%.
Os movimentos bruscos no iene empurraram o índice do dólar, que mede a moeda norte-americana em relação a seis outras, incluindo o iene. O DXY caiu 0,14% para 102,97, próximo à mínima de sete meses de 102,15 registrado na segunda-feira (05).
O iene caiu na quarta-feira (07) após um influente funcionário do Banco do Japão minimizar as chances de um aumento de juros no curto prazo, acalmando as preocupações dos investidores de que uma nova alta na moeda japonesa pudesse novamente abalar os mercados globais. O iene recuou cerca de 1,7%, para 146,79 ienes.
Os preços do ouro subiram nesta quinta, à medida que o dólar e as taxas de juros do Tesouro recuaram com o aumento das apostas de que o ciclo de cortes de juros nos EUA possa começar em setembro. Enquanto isso, os investidores aguardavam os dados semanais de pedidos de seguro-desemprego. O ouro à vista subiu 0,7%, para US$ 2.398,63 por onça.
Os preços do petróleo avançam hoje pela 3° sessão consecutiva, após dados do governo mostrarem uma forte queda nos estoques de petróleo dos EUA. Os futuros do Brent subiram 23 centavos, para US$ 78,56 por barril.
Os mercados asiáticos fecharam em sua maioria em baixa nesta quinta, em meio a negociações voláteis após os índices de referência das ações dos EUA caírem na noite anterior. Os investidores do continente também avaliavam os dados comerciais do Japão e aguardavam a decisão sobre a taxa de juros na Índia.
As ações europeias também recuam hoje, com os mercados regionais lutando para encontrar impulso em uma semana turbulenta de negociações. Os futuros do mercado de ações dos EUA estão em queda, com Wall Street lutando para se estabilizar um após uma série de movimentações dramáticas. Por aqui, ontem, o Ibovespa subiu 0,99% aos 127.514 pontos. O dólar teve queda de 0,57%, fechando a R$ 5,6250.
Economia
EUA – O crédito ao consumidor cresceu US$ 8,9 bilhões em junho, após uma revisão que apontou um aumento de US$ 13,9 bilhões em maio. Em termos anuais, o crescimento do estoque de crédito continuou a desacelerar, com um aumento de 1,9% ante o ano anterior. A expectativa mediana era de um crescimento de US$ 10 bilhões.
No 2° trimestre, tanto o crédito total quanto os segmentos rotativo e não rotativo cresceram modestamente. Os custos das principais linhas de crédito se mantiveram estáveis, com exceção do crédito pessoal, que registrou uma leve queda. No entanto, os custos ainda permanecem significativamente acima dos níveis observados antes da pandemia.
Brasil – O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que a operação envolvendo os recebíveis da União junto à Eletrobras alcançou R$ 7,8 bilhões. Esse montante foi securitizado em um acordo firmado com cinco instituições financeiras: Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, BTG Pactual e Banco Santander. A operação, com juros de 2,2% acrescidos da Selic, será utilizada para quitar integralmente a Conta Covid e a Conta Escassez Hídrica.
O governo espera que essa medida resulte em uma redução de 2% a 10% na conta de luz dos consumidores do mercado regulado, principalmente para residências, propriedades rurais e pequenos comércios. O impacto no IPCA pode ser de aproximadamente 13 p.b. O momento exato desse impacto dependerá de quando os recursos serão repassados para a quitação dos empréstimos: se ocorrerá gradualmente a cada revisão tarifária das concessionárias de energia, ou se a Aneel optará por um reajuste extraordinário para reduzir as tarifas de uma só vez.
Brasil – A produção de veículos cresceu 10,9% em julho, marcando o segundo forte crescimento consecutivo, o que compensou a queda em maio causada pela tragédia no Rio Grande do Sul. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a produção cresceu 34,8%, a maior alta desde agosto de 2022. Nos primeiros sete meses de 2024, foram produzidos 1,4 milhão de veículos, um aumento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2023 e o maior volume para esse período desde 2019. O crescimento foi generalizado entre os segmentos: os veículos leves subiram 11,6% no mês, enquanto os veículos pesados registraram a segunda alta consecutiva, acumulando 26,1% de crescimento desde novembro do ano passado. Os estoques também aumentaram 9,4% em julho, atingindo mais de 260 mil veículos, o maior nível desde janeiro de 2020, com 32 dias de vendas disponíveis e próximo à média histórica de 34 dias.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.