Informe diário Monte Bravo Corretora — 05/07/2024

05/07/2024 às 09:04

05

Sexta

Jul

3 minutos de leitura
Compartilhar

Mercados

Os dados econômicos nos EUA estão surpreendendo negativamente em relação às expectativas. A dinâmica, inversa ao observado até abril, traz de volta a perspectiva de três cortes de 25 p.b. em 2024 como projetamos.

A desaceleração da economia e a redução de juros nos EUA tende a trazer  um dólar  mais fraco — o que favorece os ativos de risco ao redor do mundo.

Nesta sexta-feira (05), nos EUA, às 9:30h é divulgado o relatório de empregos de junho e espera-se que a folha de pagamento não-agrícolas tenham adicionado 200.000 empregos em junho — abaixo do aumento de 272.000 registrado em maio. Também se projeta que a taxa de desemprego deve ficar estável em 4% e que os salários por hora tenham aumentado 0,3% em relação a maio e 3,9% em relação a 12 meses antes.

A taxa do Tesouro de 10 anos está em 4,34% e a de 2 anos em 4,69%.

O índice do dólar caiu 0,2%, para 105,4. Os preços do ouro subiram com o ouro à vista a US$ 2.359,73 por onça.

Os preços do petróleo Brent futuros atingiram seu nível mais alto desde abril, negociado a US$ 87,55 por barril, após uma queda nos estoques dos EUA.

Os mercados asiáticos fecharam em leve queda hoje, com o índice Nikkei 225 do Japão recuando depois do recorde histórico de ontem (04).

Na Inglaterra, os mercados reagiram em alta à vitória do Partido Trabalhista nas eleições. O índice pan-europeu Stoxx 600 opera em alta de 0,3% no início da manhã. Nos EUA, os futuros do S&P 500 estão de lado.

Por aqui, ontem o mercado reagiu bem ao recuo na escalada verbal do governo que vinha fomentando dúvidas sobre o ajuste fiscal e sobre a política monetária em 2025. A mudança de postura veio com o compromisso assumido pelo presidente Lula com o arcabouço fiscal. O anúncio de que o governo pretende cortar R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias foi bem recebido. Diante disso, o Ibovespa fechou em alta de 0,40%, aos 126.163 pontos e o dólar cedeu 1,47%, negociado a R$ 5,4864. A queda de 3,8% ante o pico de terça-feira (02) comprova que a origem da pressão no câmbio era a comunicação. Os juros futuros foram em linha com a melhora de risco e caíram de forma expressiva.

Economia

Zona do Euro – A produção industrial registrou uma queda significativa de 2,5% em maio na Alemanha, superando as expectativas negativas. A retração foi generalizada entre os setores: a produção manufatureira diminuiu 2,9% e a construção caiu 3,3%, enquanto a produção de energia teve um aumento de 2,6%. Indicadores recentes apontam um crescente pessimismo no setor industrial, com o PMI de manufatura e o índice de clima empresarial mostrando contração e redução nas carteiras de pedidos. Diante desse cenário, espera-se que o setor industrial não contribua para o crescimento do PIB no segundo trimestre. O PIB da Alemanha deverá crescer 0,2% no período, impulsionado principalmente pelo setor de serviços.

EUA – O presidente do Fed de Nova York, John Williams, declarou que, embora a inflação tenha se aproximado da meta de 2% do Fed recentemente, ela ainda está acima do objetivo. Entretanto, ele expressou confiança de que o Federal Reserve está no caminho certo para alcançar a meta de inflação de 2%.

Em seu discurso, que abordou a incerteza da política monetária em meio a mudanças globais no clima, tecnologia e cadeias de suprimentos, Williams enfatizou a importância de manter as expectativas de inflação “bem ancoradas”. Ele também mencionou os “desafios contínuos de medir as chamadas variáveis não observáveis, como a taxa de juros neutra”. Recentemente, Williams rejeitou comentários de que a taxa neutra aumentou desde a pandemia. Em declarações feitas na quarta-feira (03), ele citou estimativas que posicionam essa taxa nos EUA e na zona do euro em níveis próximos aos de antes do surto de Covid-19.

Brasil – A produção de veículos aumentou 24,6% em junho na margem, atingindo o maior volume desde maio do ano passado. Este crescimento compensou a queda do mês anterior, impactada pelas enchentes no Rio Grande do Sul que paralisaram montadoras, resultando na menor produção desde agosto de 2021. No trimestre, houve uma queda de 1,7%.  Na comparação anual, a produção cresceu 11,6%. A recuperação foi mais acentuada nos veículos leves, com um aumento de 26,0% na margem em junho, após uma queda de 19,6% no mês anterior. O segmento de pesados teve a terceira alta significativa em quatro meses, acumulando um aumento de 23,0%, o maior desde dezembro de 2022.

Preços de ativos selecionados¹

Artigos Relacionados

  • 27

    Quinta

    Mar

    27/03/2025 às 10:00

    Investimentos

    Renda variável: conheça estratégias para proteger seus investimentos 

    Conheça maneiras de fazer seus investimentos em renda variável com proteção parcial ou até total do dinheiro investido Quando falamos em renda variável, uma das primeiras palavras que vem à nossa mente é risco. Isso porque, como já sabemos bem, investimentos em renda variável — de maneira geral — não possuem garantia de retorno e …

    Continue lendo
  • 19

    Quarta

    Mar

    19/03/2025 às 14:08

    Investimentos

    Imposto de Renda Mínimo e outras mudanças propostas pelo projeto que amplia isenção de IR

    Entenda o projeto de lei que institui taxação sobre alta renda e saiba qual é o impacto nos investimentos Foi apresentado ao Congresso Nacional nesta terça-feira (18) o Projeto de Lei nº 1.087/2025, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda e, em contrapartida, propõe mudanças significativas na tributação de pessoas com rendimentos …

    Continue lendo
  • 18

    Terça

    Mar

    18/03/2025 às 10:02

    Investimentos

    Imposto de Renda 2025: o que muda com a tributação de ativos offshore?

    O que você precisa saber sobre as novas regras do IR para investimentos no exterior Começou na segunda-feira, 17/03, o prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda 2025. Os contribuintes têm até 23h59 de 30 de maio para transmitir o documento à Receita Federal. A declaração deste ano traz mudanças importantes para …

    Continue lendo