📄 Para conferir o Informe Diário em formato PDF, clique aqui.
Mercados
A segunda-feira (02) foi um dia de pouca liquidez com os mercados nos Estados Unidos fechados devido ao feriado do Dia do Trabalho.
O foco dos investidores nesta semana estará sobre os dados de emprego dos EUA, que serão divulgados na sexta-feira (06). Antes disso, os dados sobre vagas de emprego na quarta-feira (04) e o relatório de pedidos de seguro-desemprego na quinta-feira (05) estarão no centro das atenções.
Os mercados estão embutindo uma chance de 69% de um corte de 25 pontos-base quando o Fed se reunir entre os dias 17 e 18 de setembro, com 31% de probabilidade de um corte de 50 p.b., em um ciclo total de 99 pontos em 2024.
As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA estão estáveis. O título de 10 anos está sendo negociado a 3,91% e o de 2 anos a 3,93%.
O índice do dólar, que mede a moeda norte-americana contra seis pares, está em 101,8 no início do pregão.
Os preços do ouro caíram nesta terça-feira (03) — com o ouro à vista recuando 0,2%, a US$ 2.494 por onça.
Os preços do petróleo Brent estão em queda na terça-feira, à medida que a preocupação com uma economia na China superou o impacto de um bloqueio nas instalações de produção de petróleo na Líbia. Os futuros do petróleo Brent caíram 37 centavos, ou 0,48%, para US$ 77,15 por barril.
Na Ásia, os mercados fecharam predominantemente em queda nesta terça. As ações europeias abriram em leve baixa, em linha com os futuros em Nova Iorque.
Ontem, por aqui o Ibovespa registrou queda de 0,81% aos 134.906 pontos. O resultado veio com as empresas ligadas a commodities em queda, em especial Vale (-1,41%), reagindo à forte queda do minério de ferro na China. Hoje, os ADRs da Vale operam em queda de 2,2% — reagindo a uma queda adicional de 5% do minério de ferro no mercado de Dalian durante a madrugada. O dólar caiu 0,36%, fechando a R$ 5,6148, com o BC realizando um leilão extra e vendendo 14.700 contratos novos de swaps, totalizando US$ 735 milhões. Os juros futuros na B3 subiram diante da percepção de que o orçamento, repleto de receitas que não devem se materializar, decepcionou quem esperava um ajuste crível.
Economia
Brasil – O governo apresentou o projeto de lei orçamentária para 2025, com a meta de resultado primário zero, mas dependente de um aumento de arrecadação de R$ 168 bilhões para alcançar a meta. O teto de gastos para o próximo ano subirá de R$ 2,105 trilhões em 2024 para R$ 2,249 trilhões, um aumento de R$ 143,9 bilhões nas despesas. No entanto, desse valor, R$ 132,2 bilhões serão destinados a despesas obrigatórias, representando 92% do total. Apenas R$ 11,7 bilhões, ou 8% do total, serão alocados para despesas discricionárias, que incluem investimentos e custeio da máquina pública, totalizando R$ 178,5 bilhões para o Executivo em 2025.
As despesas obrigatórias do governo federal aumentarão em R$ 132,2 bilhões em 2025, impulsionadas principalmente por benefícios previdenciários e salários do funcionalismo público, consumindo quase todo o espaço fiscal disponível para novos gastos. O maior crescimento entre as despesas obrigatórias será na Previdência Social, com um aumento de R$ 71,1 bilhões nos benefícios em comparação com as projeções de 2024.
Do lado das receitas, o PLOA 2025 foi enviado ao Congresso Nacional com a necessidade de arrecadar R$ 168,2 bilhões adicionais, sendo R$ 121,5 bilhões dependentes de medidas administrativas e R$ 46,7 bilhões de projetos que exigem aprovação do Congresso, incluindo o aumento da tributação sobre a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Mantemos a projeção de que resultado primário será deficitário em 0,9% do PIB, devido à expectativa de crescimento maior das despesas e a dificuldade nos ganhos de arrecadação como esperado pelo governo. Brasil – O IPC-S reverteu sua tendência e apresentou deflação de 0,16% em agosto após uma alta de 0,54% em julho — acumulando uma variação de 4,18% nos últimos 12 meses. O resultado ficou ligeiramente abaixo da mediana das expectativas de mercado (-0,15%). A queda do índice no mês foi amplamente influenciada pela contínua redução nos preços dos alimentos, especialmente de itens in natura. No grupo Habitação, a tarifa de eletricidade residencial recuou 2,09% devido ao retorno da bandeira tarifária verde em agosto. Nossa projeção para o IPCA de agosto é alta de 0,05%, mas a projeção para setembro foi elevada para 0,61% após o anúncio da bandeira vermelha 2 de tarifa de energia. A projeção para o IPCA de 2024 foi elevada de 4,5% para 4,8% — considerando que a bandeira vermelha 2 será mantida até dezembro desse ano.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.