Mercados
Ontem (02) , Powell disse que via progressos sendo feitos na inflação, dado que os dados mais recentes indicaram que “estamos voltando ao caminho desinflacionário”. No entanto, ele reiterou que o Fed quer “estar mais confiante de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2% antes de iniciarmos o processo de afrouxar a política”.
A ata da reunião de junho do Fed sai na tarde desta quarta-feira (03). Os mercados dos EUA fecharão cedo hoje e permanecerão fechados na quinta-feira devido ao feriado de 4 de julho (Independence Day).
Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA mantiveram-se estáveis, com o juro do Tesouro de 10 anos em 4,43% e o Tesouro de 2 anos em 4,76%.
O DXY, índice que mede dólar americano contra seis outras moedas, caiu 0,1% para 105,7.
Os preços do petróleo subiram após dados do setor mostrarem uma redução maior do que o esperado nos estoques de petróleo bruto dos EUA, aumentando as esperanças de uma demanda sólida por combustível durante a temporada de viagens de verão na maior nação consumidora de petróleo. Os contratos futuros de petróleo Brent subiram 16 centavos, ou 0,2%, para US$ 85,60.
Os mercados asiáticos subiram em sua maioria durante a noite. As ações europeias estão em alta nesta quareta, enquanto os futuros das ações dos EUA estão ligeiramente acima da linha de estabilidade.
Ontem, em mais um dia de volatilidade, o dólar teve alta de 0,20%, fechando a R$ 5,6648. O Ibovespa fechou estável, com alta de 0,06% aos 124.7878 pontos.
Pela manhã, o presidente Lula voltou a dizer que a alta do dólar “não é normal” e afirmou que o governo precisa “fazer alguma coisa”, o que levou a moeda a alcançar os R$ 5,70. Porém, boatos de que o BC teria consultado tesourarias para uma eventual intervenção no câmbio ajudaram a reduzir a alta.
A expectativa é para a reunião convocada pelo presidente para discutir a alta do dólar. A pressão no câmbio reflete a perda de credibilidade fiscal, face ao isolamento da Fazenda na busca das metas do arcabouço e, também, as dúvidas que os discursos recentes tem fomentado sobre o compromisso com a meta de inflação e a conduta do BC no ano que vem.
Economia
EUA – O número de vagas de emprego em aberto pelas empresas aumentou para 8,1 milhões em maio, comparado a 7,9 milhões em abril — superando o consenso de 7,95 milhões. As vagas no setor privado aumentaram apenas em 42 mil, com quedas notáveis nos setores de hospedagem e serviços alimentares e serviços educacionais. No entanto, houve aumento nas ofertas de trabalho nos governos estadual e local, excluindo educação, na indústria de bens duráveis e nos postos do governo federal. Portanto, sem o setor público, o número de vagas em aberto teria recuado mais significativamente.
Os trabalhadores continuam céticos sobre encontrar novos empregos com salários mais altos. O percentual de trabalhadores que pediram demissão voluntariamente (“quit rate”) permaneceu estável em 2,2% — um pouco abaixo da taxa pré-pandêmica de 2,3%.
EUA – O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que os dados mais recentes sugerem que a inflação está voltando a cair, mas enfatizou que os membros do FOMC precisam de mais evidências antes de considerar a redução das taxas de juros. Powell evitou dar qualquer indicação sobre o momento da primeira redução de taxa. Quando questionado sobre o qual era a principal preocupação, ele mencionou o equilíbrio delicado entre controlar a inflação e evitar uma deterioração significativa no mercado de trabalho.
Zona do Euro – A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, mencionou que as previsões e informações recentes permitiram à instituição reduzir os juros em 25 pontos-base em sua última reunião, em junho. Ela alertou que o processo de flexibilização “não é linear”, que a inflação se desacelerará para um pouco mais de 2,0% em um ano e que será volátil. A redução dos juros será baseada na análise contínua dos dados e do cenário econômico a cada encontro do BCE, ou seja, não há um caminho pré-determinado para os juros. Sobre a inflação, Lagarde não demonstrou preocupação com a inflação de serviços ainda elevada — 4,1% na taxa anual em junho — e afirmou que não é necessário atingir exatamente 2,0% visto que a inflação de bens está mais fraca. Assim, ela espera alcançar a meta de 2,0%, mesmo com essas variações nos preços relativos. Lagarde também destacou que a inflação do mês passado foi inferior à anterior, o que foi considerado um avanço.