Informe diário Monte Bravo Corretora — 01/08/2024

01/08/2024 às 09:20

01

Quinta

Ago

4 minutos de leitura
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Mercados

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse na coletiva de imprensa após a reunião do Fed, que as taxas poderiam ser cortadas em setembro: “O sentimento do comitê é que a economia está se aproximando do ponto em que será apropriado reduzir a taxa”.

Os mercados estão antecipando um total 73 p.b. de cortes nesse ano (Leia mais em Monte Bravo Analisa | Fed mantém Fed Funds em 5,50% e deixa em aberto a próxima decisão).

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, foi assassinado em Teerã na quarta-feira (31), no dia seguinte ao ataque que matou o comandante militar sênior do Hezbollah em Beirute. Há a preocupação de que a guerra em Gaza, restrita a Israel e Hamas, possa evoluir para uma confronto aberto entre Irã e Israel,

As taxas dos Treasuries dos EUA caíram devido ao Fed e em função do aumento dos riscos geopolíticos no Oriente Médio. O título de 10 anos dos EUA está em 4,06%, enquanto o de 2 anos está em 4,29%.

O dólar dos EUA enfraqueceu após o Federal Reserve abrir a porta para um corte de juros em setembro. O índice do dólar está em 104,4 — com o destaque para o iene em ¥ 150,4 por dólar após um salto de 1% ontem.

Os preços do petróleo subiram, estendendo os fortes ganhos da sessão anterior após aumentar o risco de um conflito amplo no Oriente Médio. Os futuros do Brent, subiram 0,8% para US$ 81,51 por barril.

Os mercados asiáticos fecharam mistos nesta quinta-feira (01). Na Europa, os mercados estão majoritariamente em queda. Nos EUA, os futuros de ações operam em alta.

Ontem, nos EUA, o S&P 500 avançou 1,7% e o Nasdaq Composite — voltado para a tecnologia — saltou 2,64% embalado pelo Fed, enquanto a Meta (Facebook) subiu 7% depois do fechamento com resultados mais fortes do que o esperado. Por aqui, ontem, apesar do dólar ter enfraquecido globalmente, o real perdeu 0,68%, cotado a R$ 5,6553. O Ibovespa subiu 1,20% aos 127.652 pontos, impulsionado pela Vale (+2,34%) e Petrobras ON (+2,71%) e PN (+2,07%), com commodities em alta.

Economia

EUA – O FOMC manteve a taxa de Fed Funds (juros base dos EUA) em 5,50% a.a., reconhecendo que o balanço de risco ficou mais simétrico. O comunicado, no entanto, não sinalizou um corte para setembro.

Apesar da ausência de sinalização clara, na entrevista após a decisão, o presidente do Fed Jerome Powell indicou que o corte de juros foi discutido. Ele afirmou que a “visão do comitê é que a economia está se aproximando do ponto em que será apropriado reduzir os juros”.

Além disso, ele mencionou que “alguns diretores examinaram a possibilidade de mover nesta reunião. A sensação esmagadora foi não nesta reunião, mas talvez na próxima reunião”. Mantemos o cenário de 3 cortes de 25 p.b., reduzindo a taxa de juros básica para 4,75% a.a. Leia mais em Monte Bravo Analisa | Fed para conferir a análise da decisão e suas implicações para os preços dos ativos.

Brasil – O Copom decidiu, unanimemente, manter a taxa de juros em 10,50% a.a., destacando que o cenário doméstico é caracterizado pela resiliência da atividade, pela elevação das projeções de inflação e por expectativas desancoradas — exigindo maior cautela da política monetária.

Embora não tenha avaliado o balanço de riscos como assimétrico, houve adição de dois novos riscos: a desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado e o risco da taxa de câmbio se manter persistentemente mais depreciada. 

Avaliamos que o balanço de riscos, na prática, ficou assimétrico após a adição de dois riscos. Além disso, a sinalização da “necessidade de maior vigilância” sugere que a taxa Selic poderá ser elevada, se necessário. Nossa avaliação é de que (1) a crescente desancoragem das expectativas de inflação aliada à (2) resiliência da inflação de serviços em (3) uma economia aquecida na qual (4) a taxa de câmbio está bem mais depreciada oferecem um risco muito maior do que (5) uma desaceleração da atividade global ou (6) um a desinflação global mais forte. Mantemos o cenário de estabilidade da taxa Selic em 10,5% a.a. até dezembro, embora o risco de alta de juros seja crescente caso a taxa de câmbio siga depreciando e o risco fiscal não se reduza.

Confira também Monte Bravo Analisa | Copom manteve taxa Selic em 10,50% a.a. para a análise da decisão e suas implicações para os preços dos ativos.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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