O mercado dos fundos imobiliários foi fortemente afetado pelos reflexos da pandemia da covid-19. Nos últimos dois anos, muitos investidores alocaram os recursos em ativos de renda fixa, o que contribuiu para derrubar ainda mais o valor dos papéis. Atualmente, com deflação apontada pelo IPCA de julho e agosto, os FIIs de tijolos (Fundos de investimento imobiliário) passaram a atrair interessados.
Os FIIs ainda são negociados abaixo do valor patrimonial, mas em um nível pouco acima do observado dois meses atrás. Em agosto, o indicador P/VPA para essa categoria atingiu o patamar de 0,79, contra 0,70 do mês anterior.
O índice corresponde ao preço de uma ação dividido pelo valor patrimonial correspondente. Ou seja, é quanto o investidor está disposto a pagar pelo patrimônio líquido da empresa. Quanto mais próximo de 1 estiver o P/VPA, mais perto do valor justo está a cota do FII. Ficando acima desse patamar, o papel é negociado com ágio; abaixo, com desconto.
Afinal, como os FIIs funcionam no mercado financeiro?
Uma empresa que almeja crescer pode abrir seu capital, que nada mais é do que vender suas ações a investidores no mercado. Esses, por sua vez, compram as ações, que são parte da empresa, com a expectativa crescimento ao longo do tempo.
Em algumas estratégias, quem adquire as ações aguarda a valorização delas para que possa vender os ativos por um preço acima do que comprou. Neste contexto, investidores negociam estas ações entre si, sem que o dinheiro volte para a empresa.
O fundo imobiliário tem uma dinâmica parecida, mas nesse caso, o investidor adquire o título representativo de algum aporte em imóveis ou em renda, como aluguel.
Fundos imobiliários: quais as vantagens deste investimento
Uma estratégia que envolve negociações com fundos imobiliários, se bem personalizada para perfil investidor, pode oferecer ganhos e vantagens. Conheça abaixo alguns pontos importantes para se considerar na escolha do FIIs:
Possibilidade de investir em grandes projetos
Ao investir nesta categoria, o cliente apoia na capitalização de recursos para viabilização de projetos, por exemplo, para construção de shopping centers, edifícios corporativos ou hospital. Participar de projetos dessa musculatura pode ser benéfico, com retornos a médio prazo quase certos.
Isenção no Imposto de Renda
Os rendimentos de Fundos imobiliários são isentos de imposto de renda, desde que cumpra alguns requisitos. Pessoas interessadas devem ter menos de 10% das cotas, e o fundo precisa de um número mínimo de cotistas. O ganho de capital, no entanto, é tributado em 20%
No caso de uma venda de imóvel comum, o porcentual é de 15%. Considerando o volume de ganhos do fundo, ainda há vantagem sobre ele.
Menores custos
Esses fundos apresentam custos menores em comparação com outros títulos. Além disso, as taxas de corretagem são mais baratas.
Diversificação da estratégia
Uma estratégia com fundos imobiliários pode facilitar a diversificação de carteira nesta categoria. Quem investe tem a possibilidade de participar de forma simultânea de outras fontes de ganho.
Ao escolher um fundo específico, é possível, por exemplo, obter partes de incorporadoras com imóveis de grande porte em outras cidades, incluindo aquelas com alta adimplência e baixa depreciação, como os shoppings centers e os hotéis.
Oportunidade para inexperientes
Trocar os investimentos de renda fixa pode causar receios sobre a performance da carteira. Os FIIs, no entanto, podem ser uma boa escolha entre os papéis de renda variável, já que esta categoria tem um comportamento diferente.
Os fundos sofrem menos influência da volatilidade de mercado e, consequentemente, têm melhor rentabilidade em comparação com ações.
Rentabilidade maior
A rentabilidade deste tipo de fundo é maior por conta de aspectos como isenção de IR. Mas, também, pela oportunidade de investir em projetos de empresas e incorporadoras com solidez no mercado.
É possível dizer que, apesar dos bons rendimentos, os há um aspecto importante: imóveis depreciam com maior facilidade e os custos com reformas é do proprietário.
Transparência
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado, obriga a publicação periódica dos balancetes operacionais de quem oferece esta modalidade. Isso é um fator de segurança e transparência importante para quem investe em fundos imobiliários.
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