O mercado futuro possui uma categoria especial de investimentos, as famosas commodities — matérias-primas padronizadas que são negociadas no mundo inteiro.
O Brasil, um dos principais produtores agrícolas do mundo e rico em minérios e combustíveis fósseis, é também um importante player na exportação de commodities.
Qual é a fatia das commodities no mercado brasileiro?
Para se ter uma ideia dessa grandiosidade, em agosto de 2020, todos os dez principais produtos exportados pelo país foram commodities. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 60% da pauta de exportação brasileira foi proveniente destes insumos.
Naquele mês, o destaque ficou por conta do açúcar (107%), ouro (35%), soja (25%), carne bovina (16%) e farejo de soja (5,4%).
Como se pode observar, os produtos agrícolas respondem pela maior fatia desta cadeia, mas não são as únicas commodities (falaremos das outras mais adiante).
A própria história do país, desde o período colonial até a revolução industrial tardia, revela que a exportação de matérias-primas foi uma de suas grandes vocações econômicas.
Mas, afinal de contas, como definir uma commodity?
Do inglês “mercadoria”, commodity é um produto in natura vendido mediante alguma padronização reconhecida no mercado internacional, com possibilidade de produção em larga escala.
Para exportar café, não basta ao produtor vender em sua embalagem, com o peso que bem entender. Existe uma padronização de qualidade (chamada bebida), de peso (saca de 60 quilos), de prazo (mercado futuro) e de moeda (dólar) que deve ser atendida para que o produto seja comercializado.
Quem acompanha as notícias do agro já deve estar familiarizado com esta nomenclatura.
Entre os produtos com maior participação, destacam-se a soja (da qual o mercado chinês é o maior comprador), petróleo (com 10% de participação), minérios de ferro e seus concentrados e celulose. Suco de laranja, café, milho e carne também entram na lista em posição de destaque.
Como assim, carne? Os produtos não eram padronizados?
Sim, existe uma padronização para carne in natura. Se houver algum tipo de processamento, já não estamos mais falando de commodities.
Para se ter uma ideia da importância do Brasil neste mercado, basta ver que o país conseguiu segurar uma alta ainda maior dos alimentos durante a pandemia do coronavírus, graças a sua robusta produção no campo. É tanta diversidade que o país possui até uma bolsa para comercialização de flores, em Holambra (SP).
Por definição, existem quatro grandes grupos de commodities:
- Agrícolas: Produzidos no campo como foco na alimentação, na indústria têxtil e na energia limpa.
- Ambientais: Água, madeira e outros insumos originários de recursos naturais, normalmente produzidos a partir de políticas sustentáveis de manejo.
- Minerais: Produtos advindos de minérios encontrados na natureza.
- Financeiras: São os índices, moedas e títulos públicos disponíveis em bolsa.
Agora que você já entendeu o que são as commodities, vamos para a segunda pergunta deste post:
Afinal, como investir em commodities?
Como já mencionamos, estes produtos estão incluídos no chamado mercado futuro – ou seja, se compra hoje, com um valor de resgate no futuro já combinado. Isso evita perdas graves – como as provocadas por uma entressafra severa ou uma crise energética que não estavam previstas.
Ainda assim, por depender muito de demanda e fatores climáticos, políticos e ambientais, as commodities possuem volatilidade mais alta que o mercado de títulos e de ações – eis aí uma desvantagem.
Por se tratar de um investimento em renda variável, é preciso abrir uma conta em uma corretora. A área de planejamento e trabalho é a mesma – o home broker.
Para saber quais as commodities estão em alta, além de começar a se inteirar das notícias do agronegócio e de matrizes energéticas, é indispensável o apoio de uma assessoria de investimentos.
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