Como funcionam os fundos de criptomoeda?

08/07/2021 às 10:00

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Quinta

Jul

3 minutos de leitura
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A volatilidade do mercado financeiro levou muitos investidores a buscar informações sobre as moedas digitais – ou criptomoedas. Essa opção se mostra acertada, uma vez que esses investimentos têm diferenças expressivas no comparativo com os ativos tradicionais.

De um modo geral, trata-se de uma alternativa viável para todo tipo de investidor, variando, naturalmente, a quantidade de recursos empregados especificamente nesta modalidade.

Por se tratar de um fenômeno relativamente recente, antes de mais nada é importante conceituar melhor do que se tratam as criptomoedas.

Sem muita complexidade, a criptomoeda é uma moeda como qualquer outra, mas que não existe enquanto suporte físico. Ou seja, ninguém circula com criptomoedas na carteira e nem vai sacá-las no caixa eletrônico.

Outra diferença é que a moeda digital não é emitida diretamente pelo Banco Central de nenhum país, embora possa ser admitida como moeda oficial. Foi o que aconteceu em junho em El Salvador, que estabeleceu o bitcoin como moeda para pagamentos ilimitados em qualquer transação entre pessoas físicas e jurídicas por lá.

O bitcoin, nota-se, é a mais conhecida criptomoeda “em circulação”, e também a que tem as melhores cotações em bolsa (daqui a pouco falaremos sobre como investir nesse mercado).

As criptomoedas funcionam como o dinheiro convencional, mas também podem servir como reserva de valor e como indexador – um parâmetro para precificação de produtos, mais ou menos como o papel que o dólar desempenha nos dias de hoje.

Para que essas funções sejam exercidas com maior musculatura e confiabilidade, ainda faltam marcos regulatórios nacionais, mas de todo modo as criptomoedas já são uma realidade inescapável do mercado. Outro impasse diz respeito ao seu uso para atividades ilícitas, como a lavagem de dinheiro, em função da possibilidade de uso de pseudônimos.

E por que criptomoeda?

O prefixo cripto significa protegido, escondido – daí a criptografia, instrumento de autenticação digital que fica escondida, protegida do grande público.

A criptomoeda, portanto, opera por meio de códigos protegidos e que garantem não apenas sua confiabilidade, como também a interoperabilidade entre os vários contextos e regramentos econômicos.

Essas transações são gravadas no chamado “blockchain’, sistema de registro que assegura o lastro de cada operação. À atividade de registrar as operações no blockchain dá-se o nome de mineração.

E por falar em lastro, os bitcoins também existem em número limitado, assim como as notas de papel ou os metais preciosos. A existência de um lastro é o que garante que determinado insumo tenha o seu valor.

E como “adquirir” uma criptomoeda?

É aí que entra o mercado de investimentos. Para adquirir bitcoins ou outras moedas digitais – dogecoin, ethereum, por exemplo – é preciso optar por um desses três caminhos: aceitando o criptomoeda como parte de um negócio; comprando de alguém que tenha criptomoedas; e, por fim, minerando criptomoedas.

Por meio de uma corretora de investimentos, essa transação fica bem mais rápida e segura, porque a assessoria pode ajudar com informações sobre cotações e com a opção do momento: os fundos de criptomoedas.

Esses fundos são uma boa opção para quem deseja iniciar agora a diversificação da carteira por meio das criptomoedas. Isso porque, como em qualquer fundo, o investimento é coletivo – e perdas e ganhos são divididos entre todos.

A grande questão é que o investimento direto em fundos dessa natureza ainda não está regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Diante disso, a opção é investir em fundos locais que funcionam como alimentadores de fundos de criptomoedas em países em que essa operação é regulada. São os chamados fundos com exposição a criptoativos.

Fundos voltados a investidores moderados pedem aplicação mínima de R$ 500, com resgate em cinco dias corridos mais dois dias úteis. A rentabilidade desde o início pode passar de 50% e a rentabilidade ao ano supera os 13% – de acordo com projeções de maio de 2021. A taxa de administração é de 1% a. a.

Como se trata de uma possibilidade de investimento muito nova, é essencial que o interessado conte com uma assessoria de investimentos especializada. A Monte Bravo possui amplo repertório em criptoativos e entendimento sobre as mais indicadas formas de conciliação com outros ativos, de acordo com o perfil de cada investidor.

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