Como escolher ações e colher bons dividendos - Monte Bravo

Como escolher ações e colher bons dividendos

31/05/2020 às 16:52

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Domingo

Mai

5 minutos de leitura
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Quem investe em ações faz isso em busca de bons dividendos, ou ações mais rentáveis, que tenham uma boa performance e mais liquidez (ou seja, capacidade de converter as ações em dinheiro com maior rapidez).

Portanto, estar atento aos movimentos de mercado e ter uma boa assessoria são fundamentais para saber em quais ações investir. Nós, da Monte Bravo, ajudamos você a desvendar esse mercado e colher bons frutos com as ações mais valorizadas.

Confira abaixo algumas dicas de como investir em ações mais rentáveis.

Comprar ações é acreditar em uma empresa

Comprar ações significa acreditar naquela empresa, apostar que tal negócio é promissor e irá crescer. Em momentos de crise é necessário, ainda, levar em consideração o cenário econômico. Assim é possível fazer projeções econômicas e avaliar quais são as empresas que poderão ter estabilidade ou menos volatilidade nas ações (aquelas que apresentam menor variação de valor e em tempo maior).

Como escolher ações mais valorizadas

Para escolher ações mais valorizadas, um aspecto importante a se observar na aquisição é o valuation da empresa. Isso nada mais é que o valor que ela oferece. Analisar o valuation é verificar se o preço que a empresa está cobrando por seus papéis é realmente vantajoso. 

Portanto, o foco dos investidores deve ser a procura de bons empreendimentos que sejam negociados a preços justos. Algumas vezes, apostar em ações uma empresa que está em pleno crescimento pode ser um bom negócio.

Fique de olho no mercado e na economia

Mensalmente, as carteiras das empresas de investimento são atualizadas com as 10 melhores ações para se investir. São aquelas ações mais valorizadas que tiveram performance acima do Ibovespa a médio prazo. 

Neste sentido, a XP Investimentos tem uma carteira chamada de TOP 10 Ações XP. Esta é uma carteira mensal. Ou seja, ela conta com expectativa de rentabilidade superior ao IBrX (Índice Brasil, o indicador de desempenho médio das cotações dos ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro) em um horizonte de tempo de 30 dias.

Como funciona a carteira TOP 10

Para se ter um exemplo, em março deste ano (2020), por conta do cenário macroeconômico instável com a disseminação do novo-coronavírus em vários continentes, a XP adequou as suas ações da seguinte forma:

Para proteger o portfólio foram adicionadas ações de empresas menos expostas à atividade econômica: 

  • Copel – Companhia Paraense de Energia (CPLE6) – A adição da Copel justifica-se por empresas elétricas terem perspectivas mais estáveis em cenários mais voláteis. Além disso, elas têm menor influência do mercado internacional e possuem um mercado regulado internamente. A atual gestão da Copel está focada em reduzir custos operacionais e endividamento.
  • Vivara (VIVA3) pelas Lojas Renner (LREN3) – Com a alta do ouro, as ações da Vivara (VIVA3), maior rede de joalherias do Brasil, foram substituídas pela loja de departamento Lojas Renner (LREN3). O ouro teve alta de +21% desde o início do ouro, o que traz riscos de pressão negativa para a Vivara no curto e médio prazo. Diante das incertezas com relação ao novo-coronavírus, e o aumento de demanda por ativos de menor risco, as Lojas Renner têm maior liquidez, ou seja, menor risco de perder valor.
  • Exclusões e inclusões na carteira de ações – Foram excluídas desta carteira as ações a JBS, empresa alimentícia, e a mineradora Vale, com inclusão da companhia de bebidas AmBev e a produtora de energia elétrica privada Engie. Esta mudança segue a mesma lógica anterior: aumentar a exposição ao setor elétrico e reduzir aos setores cíclicos globais, reduzindo a sensibilidade aos movimentos de mercado. (Apesar disso, é recomendada a compra de ações de ambas empresas).

Top Dividendos

Dentro das ações mais valorizadas, além de ações que tenham um bom valuation, há também as que oferecem um bom dividendo. Ou seja, que dão um retorno maior que um CDI (Certificado de Depósito Interbancário, é uma taxa que determina o rendimento anual de diversos tipos de investimento). 

O investimento em dividendos é uma excelente alternativa para quem busca um fluxo de renda recorrente, com menor volatilidade. Além disso, oferece um crescimento.

Nessa carteira de dividendos, apresentam-se papéis que trazem:

  • Perspectiva de pagamento contínuo de dividendos;
  • Pagamento atrativo de porcentagem de dividendos, o chamado Dividend Yield;
  • Gestão de qualidade com negócios mais sólidos
  • Natureza mais defensiva, ou seja, escolha de empresas que tenham menos volatilidade.

Como funciona o Top Dividendos

Para se ter uma ideia de uma composição de carteira de dividendos no mês de março, no cenário já exposto de coronavírus, foram adicionadas:

  • As ações do Banco do Brasil (BBAS3), uma empresa do setor financeiro que apresenta altos lucros e resiliência em um cenário de instabilidade econômica. Por ser uma estatal e sendo o fluxo de dividendos importante também para o governo, o banco está bem posicionado para manter a recorrência no pagamento de dividendos, com o yield estimado próximo a 6% em 2020.
  • Destaque para a empresa de geração de energia elétrica AES Tietê (TIET11), que teve valorização de 23,6%, por conta da divulgação da proposta de fusão com a geradora termelétrica Eneva S.A. (ENEV3).

Small Caps

Small caps, como o próprio nome sugere, são ativos de empresas com baixa capitalização. Essas ações tendem a ser mais voláteis e imprevisíveis. São ativos também conhecidos como de segunda ou terceira linha, que tem menor valor de mercado.

As small caps são as que têm valor de mercado menor que as blue chips (grandes empresas da Bolsa). Isso quer dizer que, mesmo empresas líderes no seu setor podem ser consideradas small caps se tiverem um baixo valor de mercado.


Elas apresentam menor liquidez, ou seja, menor capacidade e rapidez de converter o papel em dinheiro, e menor volume de negócios e movimentação por dia.

O investimento em small caps tem um perfil mais arrojado, ou seja, oferece mais riscos, mas também tem potencial de rendimento maior. Elas têm um alto potencial de valorização, mas também podem não ir a lugar algum. Essa é uma forma de investimento mais arriscada.

Para investir em small caps leve em consideração:

  • São ativos de baixa liquidez, pode ser difícil realizar a venda;
  • Por serem ações novas na bolsa, é difícil fazer análises;
  • A empresa pode não crescer ou falir, não sendo possível traçar um futuro certo para a empresa.

Por outro lado:

  • O potencial de rendimento pode ser alto;
  • Empresas grandes oferecem risco menor, porém, menos potencial de valorização (mas pagam mais dividendos);
  • Muitas delas se arriscam em setores ainda não consolidados e trazem inovações. O Magazine Luiza é o exemplo de uma empresa que começou como uma small cap, com papéis a R$ 7, e que hoje tem ativos próximos ao valor de R$ 43 (dados de 06/11/19);
  • Em alguns casos, a incerteza acaba baixando os preços dos ativos abaixo do valor patrimonial da empresa.

Dica: para investir em ativos de risco, antes faça uma boa reserva emergencial.

Blue Chips ou Large caps

As blue chips, large caps ou big caps são ações que se referem às grandes empresas de capital aberto da Bolsa de Valores.

Em suma, a maior vantagem desses papéis é a estabilidade. Elas são ótimas para ativos defensivos em carteira de renda variável. 

Porém, toda compra e venda de ações sempre envolve riscos. Independentemente do tamanho da empresa escolhida, a compra de ações é sempre indicada para perfis mais arrojados. 

Gostou de conhecer um pouco mais sobre as ações mais valorizadas? Ficou em dúvida em qual ação mais tem a ver com o seu perfil? A Monte Bravo pode ajudar você a descobrir e investir seu dinheiro.

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