Conheça maneiras de fazer seus investimentos em renda variável com proteção parcial ou até total do dinheiro investido
Quando falamos em renda variável, uma das primeiras palavras que vem à nossa mente é risco. Isso porque, como já sabemos bem, investimentos em renda variável — de maneira geral — não possuem garantia de retorno e podem adicionar volatilidade a um portfólio (aquele já conhecido sobe e desce nos retornos de uma carteira).
No entanto, com a evolução do mercado financeiro, novos produtos e estratégias financeiras surgiram para diminuir essa dor dos investidores mais avessos ao risco. Hoje, já é possível realizar um investimento em renda variável com proteção parcial ou total do capital aplicado.
Neste artigo, vamos explorar algumas dessas alternativas para investir em renda variável com menos risco. Confira!
Derivativos: a base de tudo
Antes de entrarmos em detalhes, é importante explicar que os derivativos são essenciais em todas as estratégias que vamos abordar neste artigo.
Como o próprio nome sugere, derivativos são contratos que derivam de outros ativos financeiros: opções de ações, contratos futuros e contratos de commodities negociados na bolsa de valores, por exemplo.
Aqui, vamos focar em contratos de opções. As opções concedem o direito ou obrigação de compra (call) ou venda (put) de um ativo negociado na bolsa de valores. Guarde bem esta informação, pois ela é crucial para entender como funcionam as estratégias de proteção de carteira.
E, já que estamos falando de proteção, vamos usar um exemplo com que você pode estar mais familiarizado: o mercado de seguros.
Quando você compra um seguro para o seu carro, por exemplo, você está comprando o direito de “vender” o seu carro pelo valor de tabela caso ele seja roubado ou danificado.
Com as opções não é diferente. Ao comprar um direito de venda de uma ação, você está protegendo o capital que investiu naquele ativo caso o papel sofra alguma desvalorização.
A partir dos derivativos, podemos construir o que chamamos de produtos estruturados, investimentos que usam diferentes ferramentas, entre eles os derivativos, para oferecer mais sofisticação e personalização para investidores.
Agora que você já entendeu o básico sobre derivativos e opções, podemos entrar em detalhes sobre duas operações que ajudam você a investir em renda variável com maior controle de riscos: alocação protegida e fence.
Alocação protegida
O nome é autoexplicativo: através da compra de um seguro, o investidor pode proteger integralmente o valor alocado em um determinado papel.
Veja um exemplo Imagine que você tenha uma ação na sua carteira que custa R$ 50,00. Para proteger o capital investido na companhia, você compra uma put, um ‘seguro’, de R$ 5,00. Caso o papel sofra uma desvalorização brusca, você irá recuperar seu investimento de maneira integral — perdendo, portanto, apenas o dinheiro usado para comprar a proteção (R$ 5). Dessa forma, você recuperará o seu investimento, mesmo que o valor do papel chegue a zero. |
Outra vantagem da alocação protegida é que não há limite de lucro na alta do papel. Se a ação subir 50%, por exemplo, o investidor terá direito ao lucro integral no momento da venda — descontando, obviamente, o valor da proteção contratada.
Dessa forma, a alocação protegida é uma estratégia interessante para preservar o dinheiro investido em ações que oscilam com mais intensidade, porém têm grande potencial de valorização.
Fence
Fence (literalmente, cerca em inglês) é outra estrutura muito utilizada para proteger investimentos em renda variável. Ela difere da alocação protegida em dois pontos importantes.
A primeira diferença é que a fence não proporciona proteção total contra a queda do ativo, ou seja, o investidor recebe uma proteção parcial da sua alocação. Isso acontece porque a fence é uma estrutura bilateral, com barreiras de queda e de alta para o ativo negociado.
Quando compramos uma estrutura de fence, ela vem com parâmetros que definem o nível de proteção contra a queda do ativo e, ao mesmo tempo, definem um limite de ganhos.
Caso o investidor contrate uma estrutura com limitador de 20% para queda ou alta e a ação caia 25%, por exemplo, o prejuízo na operação será reduzido para 5%, ou seja, apenas o que extrapolou os 20% contratados. Na outra ponta, se o papel subir 25%, o investidor ficará com um lucro máximo de 20% — o limite contratado.
Outro diferencial da fence é o custo. Quando contrata a estrutura, o investidor não paga de maneira direta pela estrutura: os limitadores de perda e ganho é que cumprem esse papel.
As fences servem para controlar a volatilidade de uma carteira e oferecer maior previsibilidade de retorno. Elas são muito utilizadas para investir em ações com bons fundamentos e potencial de valorização.
Qual a melhor estrutura?
A melhor estrutura de proteção é aquela que se encaixa no seu perfil de investidor e na sua estratégia de investimentos.
A alocação protegida pode ser uma opção quando o investidor deseja aplicar em ações com alto potencial de ganho, mas com risco de desvalorização mais forte.
O contraponto é que, em algumas situações, pagar para ter o capital totalmente protegido pode não ter o melhor custo-benefício.
Para explicar o motivo, vamos voltar à nossa comparação com o mercado de seguros: quando você sofre um acidente de carro, as chances de acontecer uma desvalorização total do seu bem — o automóvel — são altas.
No mercado financeiro, no entanto, as chances de desvalorização total de uma ação são muito mais baixas. Mesmo que o preço do papel caia, ele muito provavelmente ainda terá algum valor. Por isso, a depender do contexto, as fences podem fazer mais sentido.
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