A radiografia do dólar: por dentro da moeda norte americana

A radiografia do dólar: por dentro da moeda norte americana

17/12/2020 às 09:37

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Quinta

Dez

3 minutos de leitura
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Quem assiste aos jornais ou acompanha as notícias pela internet percebe uma constante preocupação com o valor que o dólar está custando. Muita gente pensa que isso só importa para pessoas com grande poder aquisitivo, mas isso não é verdade. 

A moeda norte-americana se tornou uma espécie de balizador de boa parte dos negócios internacionais – o que, em uma economia globalizada, significa dizer que é um parâmetro importantíssimo a ser acompanhado.

Por que o dólar é importante para o Brasil?

Vamos a um exemplo prático: o Brasil é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo, principalmente as commodities, que são os produtos agrícolas padronizados. Imagine a confusão que seria se cada país negociasse esses produtos na moeda local, fazendo a conversão diária com a moeda brasileira. 

Ao associar esses negócios ao dólar, o comércio internacional cria uma espécie de moeda única, cabendo aos vendedores converterem seus ganhos no dinheiro corrente de suas nações.

O mesmo vale para as importações. O país também importa matéria-prima para a indústria, e esses insumos são cotados em dólar. Se a moeda norte-americana está supervalorizada com relação ao real, essa aquisição fica mais cara e o produto final chega mais salgado na casa do consumidor.

Se o real está competitivo, a importação fica mais “barata” e o preço final também pode ser amigável.

Não é nem preciso lembrar que quem investe em dólar também ganha ou perde com essas oscilações – mas antes de falar no investimento propriamente dito, vamos aos “tipos” de dólar negociado todos os dias.

Dólar comercial

Esse é o valor da moeda norte-americana mais comum nas transações comerciais entre os países, e a cotação é acompanhada com expectativa por exportadores, importadores, compradores e vendedores da moeda estrangeira. Sua cotação varia conforme as vendas da moeda lá fora e aqui dentro e o comportamento macroeconômico do comércio internacional.

Dólar turismo

Esse é mais conhecido do público em geral, sobretudo entre quem faz viagens para fora do Brasil. Normalmente cotado alguns centavos acima do dólar comercial, o dólar turismo pode ser adquirido diretamente nas casas de câmbio com a cotação do dia. 

Quem já voltou do país e pretende vender o que sobrou pode ter uma desagradável surpresa: o preço para venda é outro, menor que o da compra.

Dólar paralelo

Negociado de maneira extra oficial, o dólar paralelo era mais comum nos períodos de hiperinflação e falta de mecanismos de controle fiscal e tributário. 

Consistia na venda direta de terceiros, sem recolhimento de impostos e aviso aos órgãos de controle financeiro, o que, dependendo da circunstância e do volume negociado, poderia ser considerado crime.

Dólar futuro

Nesta forma de negociação, o titular não compra a moeda em si, mas o direito de resgatá-la lá na frente. 

Os contratos são baseados na data atual e possuem uma data de vencimento definida previamente.

Se no dia do vencimento o dólar estiver a um preço superior ao estabelecido previamente, o comprador sai ganhando. Caso contrário, quem vendeu é que tem lucro.

O chamado contrato futuro mini de dólar comercial permite a negociação sobre as expectativas futuras da moeda, com um custo menor que aquele que consta no contrato padrão.

Dólar à vista

Essa negociação leva em conta o valor imediato da moeda norte-americana – é negociado por empresas e instituições bancárias ao fechar um negócio. Essas operações são registradas em bolsa.

Você já deve ter ouvido que “fulano” enriqueceu investindo, vendendo ou comprando dólares. 

Isso pode acontecer, mas é preciso ficar atento à legislação e às obrigações fiscais e tributárias atinentes aos negócios fechados em moeda estrangeira. O recebimento em dólares, por exemplo, precisa constar na declaração do Imposto de Renda.

De fato, investimentos em moeda estrangeira levam em conta a estabilidade do dólar no contexto internacional, normalmente amparada na depreciação das moedas locais.

Trata-se de um investimento que inclui algum risco mas possui vantagens, como nos fundos cambiais, em que 80% dos recursos são aplicados com base na variação do câmbio: os resultados dependem do desempenho do dólar.

Conteúdos extras:

Para entender ainda mais como o dólar afeta o bolso nosso de cada dia, gravamos um podcast especialmente sobre esse assunto. Ouça abaixo:

Lembre-se:

A equipe da Monte Bravo está pronta para auxiliar investidores iniciantes ou com experiência nos investimentos vinculados ao dólar, amparando o cliente com cotações diárias e projeções baseadas no comportamento histórico da moeda. Desta forma, uma opção que parece ser envolta por incertezas ganha mais solidez, segurança e ganhos – e, o melhor… Em dólar!

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