Juros no Brasil: como funciona nosso sistema de juros - Monte Bravo

Juros no Brasil: como funciona nosso sistema de juros

15/03/2023 às 09:38

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Quarta

Mar

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No cotidiano do mercado financeiro, lidar com as taxas de juros é praticamente mandatório, afinal, elas têm muita influência na sua carteira de investimento. Por isso, independentemente do seu perfil de investidor, compreender a dinâmica dos juros é uma medida importante na sua jornada. Neste artigo, vamos entender como funciona o sistema de juros no Brasil e como seus investimentos podem ser afetados na prática. 

Para iniciar o assunto, é preciso conhecer algumas definições para a palavra juros, como “percentual que incide sobre um capital investido em um determinado período” e “rendimento cobrado pelo credor sobre um dinheiro emprestado”. Na maioria das vezes, as taxas de juros se apresentam em porcentagem anual. No entanto, é comum também encontrar taxas com bases semestrais, mensais e até mesmo diárias.

Taxas de juros: quais são os indicadores

O sistema brasileiro conta com dois principais indicadores como base da taxa de juros, que são a Selic e o CDI. Entenda a seguir o que são cada um deles:

Taxa Selic 

A Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa básica de juros da economia brasileira. Quem tem responsabilidade pela sua definição é o Comitê de Política Monetária do Banco Central. Ela é utilizada pelo governo federal e pelos bancos nas operações, aplicações, empréstimos, financiamentos e outras atividades financeiras do dia a dia.

Quando o Banco Central altera a meta para baixo, por exemplo, a rentabilidade dos títulos atrelados a ela cai. Assim, caem também os custos dos bancos. Ou seja, uma redução da Selic deve fazer com que os juros cobrados pelas instituições financeiras em empréstimos caiam também. A lógica é a mesma quando a Selic sobe: o custo dos bancos sobe, o que faz com que essas instituições passem a cobrar mais pelos empréstimos. 

CDI

O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é um título de curtíssimo prazo emitido por instituições bancárias. O Banco Central determina que as instituições encerrem o dia com o caixa sempre em saldo positivo, com objetivo de assegurar a estabilidade do sistema financeiro do país.

O fato é que nem sempre isso ocorre, pois existem dias em que a quantidade de saques e retiradas é maior do que a de depósitos. No entanto, segundo as regras, essa diferença deve ser coberta pela instituição bancária. A saída para esse “impasse” é pegar dinheiro emprestado de outro banco, é aí que entra o CDI.

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