O Ibovespa fechou a semana próximo da estabilidade, com valorização de 0,1% aos 122.447 pontos.
- A semana teve poucos dados macroeconômicos divulgados;
- O foco do mercado esteve voltado para a posse e primeiras medidas de Donald Trump;
- Postura pragmática do novo presidente dos EUA e resultados corporativos impulsionam os mercados de risco;
- Por aqui, cenário inflacionário demandará continuidade do aperto monetário.
A semana teve poucos dados macroeconômicos divulgados. O destaque ficou para a posse do presidente Donald Trump e suas primeiras medidas no comando da Casa Branca. Em seus discursos, Trump parece estar inclinado a adotar uma retórica mais pragmática — principalmente em relação ao comércio internacional.
Essa postura mais pragmática foi suficiente para a continuidade da descompressão nos ativos de risco globais. O dólar e os juros nos EUA continuam perdendo força.
No Brasil, tivemos a divulgação do IPCA-15. Apesar do valor nominal baixo, uma alta de 0,11%, a prévia da inflação veio com uma abertura bastante negativa. Os núcleos de inflação estão rodando acima do teto da meta e acelerando em relação aos meses anteriores.
Avaliamos que a deterioração do cenário inflacionário demandará a continuidade do ciclo de aperto monetário. Desta forma, a expectativa de uma taxa Selic terminal em 15,25% ao ano poderá ser revisada para cima caso o governo não anuncie novas medidas de contenção de gastos.