O Ibovespa fechou a semana com uma forte valorização de 3,1%, aos 126.134 pontos, e fechou o mês de janeiro em alta de 4,9%.
- A semana foi bastante complexa, com superquarta, tarifas nos EUA e dúvidas sobre empresas de tecnologia;
- No Brasil, sinalização do Copom e dados do mercado de trabalho causaram queda nos juros;
- Nesta semana, inicia-se a temporada de resultados do 4º trimestre das empresas brasileiras.
A semana foi bastante complexa, marcada por decisões de política monetária tanto no Brasil quanto nos EUA, pelas primeiras sinalizações de Donald Trump sobre tarifas, por dúvidas acerca do futuro das principais empresas envolvidas no desenvolvimento de inteligência artificial (IA) e por sinais de desaceleração no mercado de trabalho brasileiro.
A semana começou com um forte abalo nas empresas de tecnologia, principalmente em companhias de hardware (chips) e envolvidas com modelos de IA — como a Microsoft, por meio de sua exposição na OpenAI. O movimento aconteceu após a divulgação de um modelo de IA desenvolvido por uma startup chinesa que apresentou resultados positivos e que parece revolucionar a modelagem e o capex necessário para o treinamento e desenvolvimento de modelos complexos.
No Brasil, a divulgação da decisão de juros — que garantiu um aumento de mais 100 pontos base na próxima reunião, porém sem assumir compromisso de ajustes adicionais —e os dados de emprego do CAGED mais fracos do que o esperado — indicando que a atividade pode ter começado a desacelerar — foram responsáveis por uma descompressão das taxas de juros de curto e longo prazo. Esse movimento, aliado à queda dos juros longos nos EUA, ajudou o Ibovespa a registrar uma performance bastante positiva na semana, principalmente nos setores mais cíclicos.