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- O desemprego recuou de 6,6% em agosto para 6,4% em setembro;
- A renda real manteve um ritmo de crescimento robusto;
- Crescimento do emprego formal é um dos grandes destaques no período;
- Dados apontam para bom desempenho da economia no último trimestre do ano.
O mercado de trabalho apresentou um forte desempenho em setembro. A taxa de desemprego recuou para uma mínima histórica e o emprego formal atingiu os maiores patamares da série.
A combinação de aumento da renda e crescimento da ocupação será um importante fator de impulso para o crescimento da economia no final do ano.
A taxa de desemprego recuou de 6,6% em agosto para 6,4% em setembro, com crescimento de 3,2% na ocupação em termos anuais, superando o aumento de 1,7% no número de pessoas em busca de trabalho no período. Esse movimento resultou na queda de 0,2 p.p. na taxa de desocupação.
Quando ajustada pela sazonalidade, a taxa de desemprego caiu de 6,5% para 6,4% na passagem de agosto para setembro, atingindo o menor patamar da série histórica desde maio de 1999.
A renda real manteve um ritmo de crescimento robusto, subindo 3,7% na comparação anual em setembro. O aumento da renda real e da ocupação deverão resultar no crescimento de 7,2% da massa salarial real em termos anuais.
Um destaque do resultado foi o crescimento do emprego formal com carteira assinada, que alcançou 49,7 milhões de pessoas — um novo recorde histórico na série. O bom desempenho da ocupação formal é relevante pela qualidade do emprego, o que indica uma maior robustez do mercado de trabalho.
Assim, o mercado de trabalho encerrou o 3° trimestre com um desempenho sólido, que deverá sustentar o crescimento do consumo das famílias nos próximos meses.
As perspectivas para o final do ano são muito positivas, considerando que sazonalmente ocorre um aumento do emprego temporário em diversos setores. Isso indica que o desemprego poderá continuar caindo, aproximando-se de 6,0% em dezembro.
O mercado de trabalho apertado deverá manter a ociosidade da mão de obra baixa, constituindo um desafio para o Banco Central promover a convergência da inflação à meta. Mantemos nosso cenário de alta de juros nas próximas reuniões do Copom, elevando a taxa Selic para 12,00% ao final do ciclo em janeiro de 2025.