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A PRIO divulgou na noite desta quinta-feira (13) seus resultados referentes ao 4T24, porém como é comum das empresas de óleo e gás, a companhia já havia divulgado seus dados de produção (4T), lembrando esses dados são divulgados mensalmente, o que torna os resultados, muitas vezes, trazendo poucas novidades. Dessa vez, não foi o caso, com a PRIO conseguindo surpreender o mercado com uma capacidade de execução, custo de extração e preços realizados de vendas acima do que o mercado estava esperando.
Junto com o resultado, a companhia divulgou seu Certificado de Reservas, documento emitido por uma auditora independente que comprova as reservas provadas das companhias, com os dados divulgados não trazendo grandes novidades.
A produção da companhia atingiu 87,6 kb/d no trimestre, aumentando a produção em relação ao trimestre anterior e um pouco abaixo do 4T23, o aumento da produção veio da adição da produção em Peregrino (recém adquirido) e de uma ligeira melhora de produção em seus outros Campos. Como a companhia ainda continua enfrentando algumas dificuldades operacionais, e Peregrino tem um custo de extração mais elevado que o da companhia, seu custo de extração atingiu US$ 11,1 que, apesar de mais alta que o do último trimestre, foi melhor do que o esperado pelo mercado.
Com o incremento da produção, o EBITDA teve apenas uma ligeira contração no t/t, é importante ressaltar que os preços do petróleo tiveram uma 7%, porém mais importante do que a comparação trimestral, a companhia conseguiu entregar um EBITDA acima do que eram as expectativas do mercado graças a uma excelente execução comercial e uma melhor execução operacional do que esperávamos.
Ainda aguardando as últimas aprovações para a companhia dar início às operações em Wahoo, que depende da aprovação da perfuração do poço, ligação submarina do Polo até a FPSO Frade e adequações na própria FPSO. Estamos estimando que o primeiro óleo seja retirado no 1T26. A produção normalizada do polo deve girar em torno dos 30 kb/d.
Continuamos confiantes com a tese de PRIO, pois (i) esperamos que os problemas operacionais/licenças sejam resolvidos nos próximos meses, com a produção da companhia se estabilizando (ii) adição da produção adquirida de Peregrino (iii) aprovações e início da produção em Wahoo em 2026. Apesar de estarmos construtivos com a tese de PRIO, estamos um pouco mais cautelosos com preços de petróleo para 2025 e, caso a companhia não consiga entregar as melhorias que projetamos, o cenário pode se tornar desafiador.
Prio (PRIO3) — Compra
Preço Alvo | 55 |
Preço Atual | 36,5 |
Upside | 51% |
Capitalização de Mercado (R$ bls) | 31 |
Ações Emitidas (mls) | 834 |
Free Float | 68% |
Performance
Semana | -2,61% |
Mês | -7,43% |
Ano | -9,09% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.