Proposta de novo tratamento às estatais eleva o risco fiscal

21/10/2024 às 11:14

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Segunda

Out

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  • Governo federal enviou ao Congresso dois projetos de lei que aumentam autonomia de estatais, mas elevam percepção de risco fiscal;
  • Na China, governo tem adotado medidas de estímulo à economia e novas medidas fiscais sã esperadas;
  • Nos EUA, a semana passada teve dados do varejo e da indústria
  • BCE cortou juros da zona do euro em 25 pontos base;
  • Conflito no Oriente Médio segue gerando ondas de tensão.

Cenário global

Curva de juros EUA:  A curva de juros parece ter estabilizado com a taxa de 10 anos um pouco acima de 4%, em linha com nosso cenário.

Ações EUA: O rali das ações deflagrado pelo corte do Fed continuou, com  S&P500 e Nasdaq subindo 0,9% e 0,8%, respectivamente — ambos próximos aos recordes. Caso esses níveis se mantenham, será o segundo ano consecutivo com retorno acima de 20%, algo que ocorreu apenas cinco vezes nos últimos 75 anos.

As condições atuais estão longe de serem isentas de riscos. No entanto, o cenário de uma economia em crescimento, com Fed cortando juros e uma tendência de alta nos lucros corporativos é compatível com ganhos adicionais.

Estímulos na China: A China segue divulgando medidas de estímulo, mas, para angustia dos mercados, numa abordagem gradual. É possível que as eleições nos EUA estejam mantendo os formuladores chineses em compasso de espera.

Riscos Geopolíticos: O conflito no Oriente Médio segue gerando ondas de tensão. O foco segue sendo a extensão do ataque retaliatório de Israel ao Irã, pois a dimensão da resposta vai definir se o Irã entrará na guerra, o que seria disruptivo.

Cenário doméstico

No Brasil, o risco fiscal segue sendo um fator que tem impactado fortemente a curva de juros.  A ideia positiva de um ajuste que passe pela revisão das despesas, ventilada por Haddad, foi obscurecida pela notícia da estatais e pela insistência com que o presidente Lula fala da isenção de IR sem preocupação em construir o equilíbrio orçamento.

Porém, mesmo com o fiscal limitando uma arrancada forte, os ativos brasileiros deverão se beneficiar do fluxo estrangeiro. Nossa percepção é que o risco de guerra no Oriente Médio e a incerteza com as eleições nos EUA atrasaram o fluxo que, normalmente, acompanharia os cortes de juros.

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