Com sinais de alívio nas tensões comerciais, mercados de risco apresentam melhora

29/04/2025 • 4 mins de leitura

Resumo do artigo

  • Enquanto os mercados aguardam dados econômicos dos EUA para avaliar os próximos passos da política monetária do Fed, os juros dos Treasuries de 10 anos sobem levemente, com a taxa de referência alcançando 4,23%, enquanto os papéis de 2 anos operam em alta a 3,71%.

📄 Para conferir o Informe Diário em formato PDF, clique aqui.

Mercados

O ambiente nos mercados de risco apresentou uma melhora. O movimento foi impulsionado pelo otimismo de que o pior das tensões comerciais pode ter ficado para trás.

A tensão comercial entre EUA e China dá sinais de alívio, com Washington sugerindo uma possível redução de tarifas e Pequim isentando parte das importações dos pesados tributos de até 125%.

No entanto, apesar de Trump afirmar haver progresso e alegar contato com Xi Jinping, autoridades chinesas negam negociações em curso. No domingo (27), o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que “todos os setores do governo” americano estão em contato com Pequim, mas reforça que cabe à China reduzir as tensões, já que exporta cinco vezes mais para os EUA do que o contrário.

Enquanto os mercados aguardam dados econômicos dos EUA para avaliar os próximos passos da política monetária do Fed, os juros dos Treasuries de 10 anos sobem levemente, com a taxa de referência alcançando 4,23%, enquanto os papéis de 2 anos operam em alta a 3,71%.

O dólar se fortalece levemente, com o índice DXY em alta de 0,30%, a 99,30 pontos. O ouro recua 0,90% nesta terça-feira (29) com o alívio nas tensões comerciais.

Os preços do petróleo caem hoje, com investidores reduzindo suas expectativas de crescimento da demanda diante da continuidade da guerra comercial entre EUA e China, as duas maiores economias do mundo. O Brent recua US$ 0,25, ou 0,40%, para US$ 65,61 por barril.

Os mercados da Ásia encerraram a sessão de forma mista. As bolsas do continente acompanharam o desempenho de Wall Street após o governo Trump indicar que pretende atenuar o impacto das tarifas sobre o setor automotivo. Enquanto isso, investidores também avaliam os balanços corporativos.

Os mercados europeus operam em alta nesta terça, em linha com os futuros dos EUA.

Ontem (28), por aqui o Ibovespa teve leve alta de 0,21%, aos 135.016,00 pontos. O dólar à vista caiu 0,70%, fechando a R$ 5,6480.

Economia

EUA: O governo do presidente Donald Trump deve anunciar nesta terça medidas para reduzir o impacto das tarifas sobre o setor automotivo. De acordo com autoridades, a iniciativa prevê o alívio de algumas taxas aplicadas a autopeças estrangeiras utilizadas na fabricação de veículos nos Estados Unidos, além de evitar a sobreposição de tarifas incidentes sobre automóveis produzidos no exterior.

Brasil: O IGP-M registrou alta de 0,24% em abril, revertendo a queda de 0,34% observada em março. Com o resultado, o indicador acumula alta de 1,23% no ano e de 8,50% em 12 meses. No mesmo mês de 2024, o índice havia subido 0,31%, com retração acumulada de 3,04% em 12 meses.

A aceleração em abril foi impulsionada principalmente pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que refletiu a alta dos produtos agropecuários e uma queda menos intensa dos preços industriais, revertendo a trajetória de baixa observada no mês anterior. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou, influenciado pelos grupos transportes e habitação. O recuo nos preços das passagens aéreas teve papel de destaque nesse movimento. No Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), o aumento dos custos com mão de obra segue pressionando os resultados do setor.

Brasil: O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reafirmou nesta segunda-feira a sinalização dada pelo Copom em março, indicando que um novo alta na taxa Selic é considerado apropriado para maio, embora de menor magnitude. Segundo Galípolo, o nível atual da Selic é restritivo, mas o BC ainda avalia se ele é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

“Estamos tateando para entender se o nível para o qual estamos caminhando é suficientemente contracionista para garantir a convergência da inflação”, afirmou Galípolo, durante evento público. Assim como os outros diretores do Banco Central já haviam apontado durante as reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) em abril, Galípolo também reconheceu o aumento das incertezas no cenário externo e defendeu maior flexibilidade na condução da política monetária diante desse novo ambiente.

Mantemos a expectativa de uma alta adicional de 50 pontos base na reunião de 7 de maio, o que levaria a taxa Selic para 14,75% ao ano. Avaliamos que o Banco Central deve manter a Selic nesse patamar até o fim do ano, sinalizando o encerramento do ciclo de alta com base no nível já alcançado de aperto monetário, considerado suficiente para garantir a convergência da inflação à meta no horizonte relevante.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

Indicadores de hoje

Indicadores do dia anterior

Não houve divulgação de indicadores relevantes

Se você tem
Monte Bravo, Bravo!

Invista com quem ajuda você a alcançar o próximo topo.

Abra sua conta