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Mercados
A promessa do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses a partir de 4 de março, além de uma taxa extra de 10% sobre importações chinesas, abalou os mercados globais. A decisão contrariou expectativas de um adiamento do ‘tarifaço’ e ampliou a aversão ao risco.
Investidores agora voltam atenções para os dados de inflação de janeiro nos EUA, com projeções apontando alta mensal de 0,3% PCE, métrica favorita do Federal Reserve, com um avanço anualizado de 2,5%. Excluindo os voláteis preços de alimentos e energia, o núcleo do PCE deve apresentar alta de 0,3% na comparação mensal e 2,6% no acumulado em 12 meses.
As taxas dos Treasuries dos EUA recuam, com a taxa do título de 10 anos caindo para 4,24%. A taxa do papel de 2 anos está em 4,05%.
O dólar está se fortalecendo, próximo da máxima de uma semana em relação a uma cesta de divisas. O índice do dólar (DXY) está em 107,24 pontos após ter avançado quase 0,9% na quinta-feira (27).
O ouro opera em leve baixa de 0,1%, negociado a US$ 2.874,69 por onça. O Bitcoin atingiu o menor nível em mais de três meses, revertendo os ganhos registrados após a eleição de Trump. A criptomoeda está em US$80.200, cerca de 25% abaixo do recorde histórico de dezembro.
Os preços do petróleo recuaram nesta sexta-feira (28). O contrato mais ativo do Brent para maio caiu 31 centavos, ou 0,4%, para US$ 73,26 por barril.
Os mercados asiáticos fecharam em queda hoje após a confirmação de Trump de que as tarifas entrarão em vigor na próxima semana. As bolsas europeias abriram em território negativo, enquanto os futuros das ações dos EUA registravam pouca variação no início desta sexta, com os investidores aguardando o desfecho de uma semana e um mês de perdas, além dos dados cruciais de inflação.
Ontem, o Ibovespa fechou com leve alta de 0,02%, aos 124.799 pontos. As ações da Petrobras caíram fortemente depois da estatal divulgar prejuízo de R$ 17 bilhões no 4T24, quando era esperado lucro, e anunciar que não pagará dividendos extraordinários. O dólar à vista voltou a subir e fechou em alta de 0,43%, a R$ 5,8287, enquanto os juros futuros avançaram.
Economia
EUA: O crescimento do PIB real permaneceu inalterado, em alta de 2,3% na comparação anual no 4T24, em linha com as expectativas. O consumo das famílias também não foi revisado, mantendo-se em alta de 4,2%. O crescimento dos investimentos fixos foi revisado para baixo em 1,0 ponto percentual, caindo para -3,2% — reflexo de uma revisão negativa de 1,2 p.p. no crescimento dos investimentos em equipamentos e de 2,6 p.p. no crescimento dos produtos de propriedade intelectual. Por outro lado, os gastos do governo foram revisados para cima em 0,4 p.p., para +2,9%. A contribuição do saldo comercial para o crescimento do PIB foi revisada para cima em 0,1 p.p., para +0,1 p.p., refletindo uma revisão positiva no crescimento das exportações (+0,3 p.p., para -0,5%).
Brasil: O IGP-M acelerou para 1,06% em fevereiro, acima da mediana das expectativas do mercado (1,01%), acumulando alta de 8,44% em 12 meses. O IPA-M avançou para 1,17% no mês, impulsionado por petróleo e gás natural, além da recuperação nos preços agropecuários, com destaque para café e bovinos. No IPC-M, a alta de 0,91% refletiu aumentos em energia elétrica, educação e transportes, enquanto passagem aérea e alguns alimentos pressionaram para baixo. O INCC-M desacelerou para 0,51%, com alívio na mão de obra, apesar do aumento em materiais e serviços.
Brasil: A taxa de desocupação ficou em 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, acima dos 6,2% do período anterior, mas abaixo dos 7,6% de um ano antes. O resultado veio abaixo das projeções de mercado e, com ajuste sazonal, manteve-se praticamente estável em 6,59%. A leve piora no desemprego refletiu quedas na população ocupada e na força de trabalho, com a taxa de participação atingindo o menor nível desde o primeiro trimestre de 2024.
O recuo da taxa de participação indica menor busca por emprego, contribuindo para a redução da população ocupada de forma disseminada entre setores. Além disso, sinais de desaquecimento começam a afetar os rendimentos. Apesar disso, os dados da PNAD não contradizem o CAGED de janeiro, que apontou crescimento no emprego formal, mas evidenciam que o mercado informal teve um desempenho mais fraco neutralizou os ganhos de ocupação do setor formal.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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