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Mercados
Os americanos estão cada vez mais preocupados com o impacto negativo das políticas de Donald Trump. As preocupações com tarifas estão deteriorando a confiança do consumidor nos EUA.
Após uma série de relatórios decepcionantes, as preocupações com o crescimento econômico dos EUA e com a inflação estão aumentando à medida que se aproximam os prazos para implementação das tarifas sobre produtos de Canadá e o México, previstos para a próxima semana.
A crescente incerteza sob a nova administração fez com que a taxa de juros dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos recuasse 10,6 pontos base ontem (25), para o nível mais baixo desde dezembro. Hoje (26), a taxa de 10 anos está em 4,32%, enquanto os títulos de 2 anos avançam para 4,12%.
O índice do dólar (DXY), que mede a moeda americana contra uma cesta de divisas, caiu 0,2%, para os 106,35 pontos, perto da mínima de dois meses. Os preços do ouro à vista subiram 0,1%, para US$ 2.918 por onça.
No mercado de criptomoedas, o Bitcoin despencou para US$ 88.700. A queda deixa a principal criptomoeda quase 20% abaixo de sua máxima histórica, alcançada no dia da posse do presidente Donald Trump.
Os preços do petróleo avançaram nas primeiras horas do pregão asiático desta quarta-feira, recuperando-se das mínimas de 2 meses registradas na sessão anterior, com os contratos futuros em alta de 0,4%, para US$ 73,29 por barril.
Os mercados asiáticos tiveram um desempenho misto nesta quarta, após os índices de Wall Street recuarem na noite anterior.
Os mercados europeus abriram em alta hoje, com o índice pan-europeu STOXX 600 avançando 0,75%. Nos EUA, os futuros de ações sobem à espera do balanço da Nvidia, cujo relatório do quarto trimestre de 2024será divulgado após o fechamento dos mercados.
O resultado chega em um momento crucial para a Nvidia. O surgimento da DeepSeek levantou dúvidas sobre a sustentabilidade da forte valorização das ações do setor de inteligência artificial. A gigante dos chips e outros papéis com forte impulso recente já mostram sinais de fraqueza, com a Nvidia acumulando uma queda superior a 5% em 2025.
No Brasil, ontem o Ibovespa fechou em alta de 0,46%, aos 125.980 pontos, enquanto o dólar à vista encerrou o dia com leve baixa de 0,03%, cotado a R$ 5,7542.
Economia
EUA: A pesquisa do Conference Board revelou uma queda expressiva na confiança dos consumidores em fevereiro, com o índice principal recuando para 98,3 pontos, abaixo das previsões. A piora foi influenciada pelas políticas da nova administração Trump, especialmente no mercado de trabalho. Além disso, a percepção sobre as condições econômicas atuais também se deteriorou, com menos consumidores vendo o emprego como acessível.
O otimismo para o futuro também diminuiu, com o índice de expectativas caindo para 72,9 pontos, nível historicamente associado à recessão. No consumo, os planos de compra se mostraram divergentes: a intenção de adquirir imóveis segue em recuperação, mas a demanda por automóveis e bens duráveis recuou.
EUA: Na noite desta terça-feira, a Câmara dos Deputados dos EUA aprovou a proposta orçamentária republicana por 217 votos a 215, com oposição unânime dos democratas e apenas um voto contrário entre os republicanos. O projeto prevê cortes de US$ 4,5 trilhões em impostos e US$ 2 trilhões em gastos ao longo de uma década.
Agora, a medida segue para o Senado, também sob controle republicano. Críticos alertam que o plano resultará em cortes significativos no Medicaid, em programas sociais e na educação, afetando especialmente cidadãos de baixa renda, enquanto parte dos benefícios fiscais favorecerá famílias mais ricas.
Brasil: O IPCA-15 de fevereiro avançou 1,23%, abaixo das projeções, refletindo a forte deflação das passagens aéreas, reajustes menores na educação e desaceleração da alta dos alimentos. Os núcleos da inflação ficaram próximos do esperado, com menor pressão nos serviços, mas o núcleo de bens acelerou devido ao repasse da depreciação cambial. O resultado reforça a necessidade de uma postura firme do Banco Central, indicando a manutenção do ritmo de alta de 100 pontos base na Selic em março, com elevação adicional de 50 p.b. em maio, para uma taxa terminal de 14,75% a.a.
Os principais impactos inflacionários vieram do fim do desconto na conta de energia, reajustes educacionais, alta da gasolina e elevação dos bens industriais. Os núcleos avançaram 0,62% em fevereiro, levemente abaixo dos 0,66% de janeiro, mas ainda estão em nível preocupante e exigem vigilância do Banco Central. O núcleo de serviços, excluindo passagens aéreas, avançou 0,63%, com destaque para aluguel e condomínio. Para janeiro, projetamos uma alta de 1,35% no IPCA após o resultado do IPCA-15. Para 2025, projetamos alta de 7,0% devido à expectativa de depreciação do câmbio, desancoragem das expectativas de inflação e os reajustes de preços administrados.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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