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Mercados
Ontem (24), o presidente dos EUA Donald Trump afirmou que as tarifas sobre produtos canadenses e mexicanos “vão adiante” quando a suspensão de 30 dias expirar na próxima semana. O presidente também reafirmou seus planos de impor as chamadas tarifas recíprocas sobre os parceiros comerciais dos EUA.
As taxas dos Treasuries americanos caíram na segunda-feira, com investidores atentos a uma semana movimentada, repleta de dados econômicos importantes — incluindo um indicador-chave de inflação e informações sobre o setor imobiliário. A taxa do Treasury de 10 anos recuou quase 2 pontos base, para 4,40%, enquanto a taxa do Treasury de 2 anos caiu para 4,18%.
O dólar subiu nesta terça-feira (25), após atingir o nível mais baixo em mais de dois meses no início da semana, impulsionado por fluxos de busca por segurança depois que o presidente Donald Trump declarou que as tarifas sobre México e Canadá avançariam conforme planejado. O índice do dólar está em 106,70.
Os preços do petróleo subiram pelo segundo dia consecutivo hoje após os EUA imporem novas sanções ao Irã, um dos principais produtores do Oriente Médio, aumentando os temores de aperto na oferta. Os contratos futuros do Brent subiram 38 centavos, ou 0,51%, para US$ 75,16 por barril. O ouro à vista teve pouca variação, sendo negociado a US$ 2.950,39 por onça.
Os mercados da Ásia-Pacífico operaram em baixa durante a noite após a queda de Wall Street na segunda-feira, resultado do clima de aversão ao risco provocado pelas tarifas de Trump. Os futuros do S&P 500 estavam próximos da estabilidade na noite de segunda-feira, depois que o índice amplo do mercado não conseguiu se recuperar da liquidação da semana passada.
As bolsas europeias avançaram nesta terça, com investidores focados em balanços corporativos e desenvolvimentos geopolíticos. Em Wall Street, os futuros de ações operavam em leve alta antes de uma semana de divulgações de resultados, com Nvidia e Home Depot entre as empresas que atualizarão os investidores sobre suas finanças.
Ontem, o Ibovespa fechou em baixa de 1,36%, aos 125.402 pontos, enquanto o dólar encerrou o dia na máxima, com alta de 0,44%, cotado a R$ 5,76. A pressão cambial empurrou as taxas de juros futuros para cima. A deterioração reflete novas preocupações com a pressão inflacionária e o risco fiscal, após declarações do presidente Lula e do ministro do Trabalho Luiz Marinho sugerindo que o governo poderá aumentar os gastos públicos.
Economia
EUA: O presidente Donald Trump afirmou estar em diálogo com o presidente Vladimir Putin sobre um possível acordo de minerais raros, sugerindo que a negociação poderia seguir o modelo adotado anteriormente com a Ucrânia.
Além disso, ele indicou que as tarifas sobre Canadá e México, adiadas por um mês, podem entrar em vigor na próxima semana. Paralelamente, sua administração pretende endurecer as restrições aos semicondutores chineses, ampliando as medidas iniciadas pelo governo Biden.
Brasil: A confiança do consumidor registrou a terceira queda consecutiva em fevereiro, refletindo a retração no componente de expectativas, enquanto a avaliação da situação atual permaneceu estável. Destaca-se a forte redução na intenção de compra de bens duráveis e a piora, em menor grau, das perspectivas financeiras das famílias, em um contexto de juros elevados, desaceleração do emprego e alta da inflação, especialmente de alimentos.
A queda na confiança foi mais acentuada entre consumidores de baixa renda, enquanto permaneceu praticamente estável entre os de renda mais alta. Esse resultado sugere que a alta dos preços de alimentos tem impacto mais significativo sobre os consumidores de menor renda.
Brasil: O governo deve anunciar a liberação do saque-rescisão do FGTS para trabalhadores que já aderiram ao saque-aniversário. O anúncio está previsto para esta terça-feira (25) e será oficializado por meio de uma Medida Provisória. Criado em 2020, o saque-aniversário permite retiradas anuais de parte do saldo do fundo, mas impõe uma quarentena de dois anos para o saque-rescisão em caso de demissão sem justa causa.
A mudança pode beneficiar trabalhadores demitidos que possuem empréstimos vinculados ao saque-aniversário, mas o impacto deve ser limitado, já que apenas a parcela dos recursos não comprometida com essas operações seria liberada. Segundo estimativas, o potencial de liberação pode chegar a R$ 12 bilhões, dentro de um universo onde 24,5 milhões de trabalhadores haviam antecipado seus saques, movimentando R$ 32 bilhões apenas em 2024.
Essa medida visa estimular a demanda em um momento em que o Banco Central adota uma política monetária mais rígida para conter a atividade econômica e trazer a inflação à meta. No entanto, isso amplia a divergência entre as políticas fiscal e monetária, exigindo juros mais altos por um período prolongado para alcançar o controle da inflação.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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