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Mercados
O destaque desta quarta-feira (19) será a ata do FOMC, que sai às 16h. A administração Trump afirmou ontem (18) que concordou em realizar mais conversas com a Rússia para encerrar a guerra na Ucrânia, após as negociações iniciais terminarem sem a participação de Kiev ou da Europa.
Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor novas tarifas à União Europeia devido aos superávits comerciais que o bloco mantém com os Estados Unidos, em uma ofensiva crescente que pode desencadear inflação.
Os contratos futuros de juros nos EUA embutem cerca de 39 pontos base de cortes em 2025. Os futuros também indicam que o Fed provavelmente retomará os cortes nas taxas na reunião de setembro ou outubro. Hoje, as taxas dos Treasuries dos EUA estão um pouco mais altas: o retorno do título de 10 anos está em 4,556%, enquanto o de 2 anos está em 4,308%.
O índice do dólar (DXY), que mede seu desempenho contra outras seis moedas, subiu 0,5%, para os 107,1 pontos. O índice, no entanto, ainda permanece próximo da mínima de dois meses (106,56) registrada na última sexta-feira.
O ouro caiu nesta quarta devido à realização de lucros após os preços atingirem máximas históricas recentemente. O ouro à vista recuou 0,2%, para US$ 2.928,52 por onça.
Os preços do petróleo avançaram nesta quarta-feira, com os contratos futuros do Brent subindo 20 centavos, ou 0,3%, para US$ 76,04 por barril.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda, destoando de Wall Street — onde o S&P 500 encerrou a terça-feira em uma nova máxima histórica, com os investidores aparentemente ignorando as tarifas e os riscos inflacionários.
Os mercados europeus tiveram uma abertura mista nesta hoje, enquanto os futuros de ações dos EUA registravam pouca variação no início do dia.
Por aqui, ontem o sucesso da primeira captação de bonds do Tesouro de 2025, de US$ 2,5 bilhões — combinado à força das commodities e ao leilão de linha do BC de US$ 3 bilhões — ajudaram o dólar a fechar em baixa de 0,41%. O Ibovespa, por sua vez, fechou estável (-0,02%) aos 128.532 pontos.
O novo benchmark denominado Global 2035 (10 anos) foi emitido pelo Tesouro com cupom de juros de 6,625% ao ano, com taxa de retorno de 6,750% a.a. ao investidor.
Economia
EUA: A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou ontem que a política monetária deve permanecer restritiva até que haja avanços mais significativos na inflação — que, segundo ela, continuará a desacelerar ao longo do tempo. Daly espera novos progressos na inflação à medida que as taxas de juros mantêm pressão sobre a economia, mas ressalta que esse processo demandará mais tempo.
Ela defende que os dirigentes do Fed avaliem com cautela os efeitos líquidos das políticas adotadas pela administração Trump antes de qualquer ajuste na política monetária. Daly destacou que aguardar maior clareza não representa um risco para as decisões dos formuladores de políticas.
Brasil: O Tesouro emitiu um título com cupom semestral de 6,625% ao ano e vencimento em 15 de março de 2035. A emissão ocorreu com uma taxa de retorno de 6,750% ao ano, com spread de 220 pontos base sobre a Treasury de referência, o menor desde 2020 para um prazo de 10 anos.
A forte demanda dos investidores, com pico de 301 ordens e volume total de US$ 6,5 bilhões, permitiu ao Tesouro captar recursos a um custo inferior à taxa de referência de 7,05%. A liquidação ocorrerá em 25 de fevereiro de 2025, com os recursos direcionados às reservas do Banco Central.
A emissão contou com ampla participação de investidores estrangeiros, com 64% da demanda vinda da Europa e América do Norte e 28% da América Latina, incluindo o Brasil. Além de alongar o prazo médio da dívida e diversificar a base de investidores, a operação fortalece a liquidez da curva de juros soberana, usada como referência por empresas brasileiras no exterior.
Em 2025, vencem aproximadamente US$ 7,3 bilhões em títulos do Tesouro no mercado internacional, que deverão ser rolados conforme as condições do mercado.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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