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- Mercados diminuem apostas em corte de juros pelo Fed;
- Índice DXY, que mede o dólar contra uma cesta de moedas, opera próximo a máximas de 12 meses;
- Em Wall Street, investidores aguardam divulgação dos resultados da Nvidia;
- Por aqui, o mercado continua sua espera pelo pacote de ajuste fiscal;
- Medidas devem ser anunciadas após encontro do G20.
Mercados
No âmbito global, a semana passada foi dominada por preocupações sobre o rumo das taxas de juros nos EUA, especialmente após o presidente do Fed Jerome Powell afirmar na última quinta-feira (14) que o banco central não está “com pressa” para cortar os juros, considerando o forte crescimento da economia e um mercado de trabalho sólido. Esses fatores impulsionaram uma forte alta de mais de 0,30 p.p. nas taxas de 10 anos.
Economistas acreditam que os planos do presidente eleito Donald Trump podem estimular a inflação, potencialmente desacelerando o ciclo de flexibilização dos juros pelo Fed. Taxas de juros mais altas tornam o dólar mais forte e diminuem o apetite para ativos de risco fora dos EUA.
Nesta manhã, a taxa da Treasury de 10 anos sobe marginalmente para 4,45% e o da 2 anos está em 4,30%.
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas, está em 106,6 pontos após atingir 107,1 na sexta-feira (15) — maior nível em um ano. O índice subiu 1,6% na semana passada e registrou alta em seis das últimas sete semanas.
Os preços do ouro caíram 0,1%, para US$ 2.562,59 por onça. Os preços recuaram mais de 4% na semana passada, tocando o menor nível desde 12 de setembro na quinta.
Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira (18), após intensificação dos combates entre Rússia e Ucrânia no fim de semana. No entanto, preocupações com a demanda de combustível na China — o segundo maior consumidor do mundo — e previsões de um excedente global de petróleo pesaram sobre os mercados. Os contratos futuros do Brent avançaram US$ 0,20, ou 0,3%, para US$ 71,24 por barril, enquanto os futuros do WTI estão em US$ 67,1 por barril, uma alta de US$ 0,09, ou 0,1%.
As ações da Ásia apresentaram resultados mistos nesta segunda. Já os mercados europeus recuam, enquanto os futuros em Wall Street estão praticamente estáveis na manhã de hoje.
O próximo grande catalisador para o mercado esta semana será o relatório de resultados da Nvidia, previsto para quarta-feira (20). Os operadores estarão atentos às orientações sobre a demanda pelos chips de inteligência artificial Blackwell da empresa.
No âmbito doméstico, o tema continua a ser a espera pelo pacote de ajuste fiscal. O Focus abaixo traz mais uma semana de deterioração das expectativas: dólar em alta, inflação em alta, Selic em alta. Tudo isso contrata um crescimento menor no futuro.
Este quadro está diretamente associado à perda de credibilidade fiscal após a mudança das metas do arcabouço em abril. Por isso, é de fundamental importância que o pacote a ser anunciada recupere parte da credibilidade perdida pela mudança das metas e pela postura afrontosa do governo que remetem às políticas fracassadas de Dilma Roussef.
Na quinta-feira, o Ibovespa fechou perto da estabilidade, com leve alta de 0,05%, aos 127.792 pontos. O dólar fechou cotado a R$ 5,7890 em alta de 0,94% na semana, enquanto os investidores aguardam o pacote fiscal — que deve ser anunciado nesta semana após a reunião do G20 no Rio de Janeiro.
Destaques do Boletim Focus do Banco Central (14/11/2024):
- IPCA/2024 ficou subiu de 4,62% para 4,64%, enquanto o IPCA/2025 subiu de 4,10% para 4,12%
- PIB/2024 ficou estável em 3,10%, enquanto o PIB/2025 ficou estável em 1,94%
- Dólar/2024 subiu de R$ 5,55 para R$ 5,60, enquanto o Dólar/2025 subiu de R$ 5,48 para R$ 5,50
- Selic/24 ficou estável em 11,75% a.a., enquanto a Selic/2025 subiu de 11,50% a.a. para 12,00% a.a.
- Primário/24 ficou estável em -0,60%, enquanto Primário/25 ficou estável em -0,70%
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Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.