Ata do FOMC e falas de dirigentes do Fed movimentam o mercado nos EUA

18/02/2025 às 08:54

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Terça

Fev

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Mercados

A ata da última reunião do Federal Reserve será o grande destaque desta semana. Com divulgação prevista para amanhã (19), a ata oferece pistas sobre por quanto tempo o banco central pretende manter as taxas inalteradas.

A governadora do Federal Reserve, Michelle Bowman, afirmou nesta segunda-feira (17) que deseja ter maior confiança de que a inflação continuará desacelerando este ano antes de reduzir novamente os juros — especialmente diante das incertezas relacionadas às novas políticas comerciais e outras medidas.

As taxas dos Treasuries operam em leve alta nesta terça-feira (18), enquanto investidores aguardam a divulgação da ata do FOMC. A taxa de juros dos Treasuries de 10 anos subia 3 pontos base, para 4,51%, enquanto a taxa dos títulos de 2 anos avançava 1 p.b., para 4,27%.

O dólar segue devolvendo a forte apreciação do final do ano. O índice do dólar opera aos 106,79 pontos, após uma queda de 1,2% na semana passada.

O ouro estendeu seus ganhos nesta terça, com o ouro à vista subindo 0,2%, para US$ 2.903,56 por onça.

Os preços do petróleo Brent operam estáveis hoje, após uma alta na sessão anterior — impulsionada por um ataque de drones a uma estação de bombeamento de um oleoduto na Rússia, que reduziu os fluxos provenientes do Cazaquistão. Os contratos futuros do Brent recuavam 7 centavos, ou 0,09%, para US$ 75,15 por barril.

Os mercados asiáticos apresentaram um desempenho misto nesta terça, um dia após o presidente chinês, Xi Jinping, demonstrar apoio ao setor privado e incentivar as empresas a “mostrar seu talento”.

Os mercados europeus operavam em leve baixa nesta manhã, com as incertezas geopolíticas na região ainda em foco. Os contratos futuros das bolsas dos EUA subiam no início da sessão, dando início a uma semana de negociações mais curta, com investidores atentos aos desdobramentos do cenário comercial global em Washington.

Ontem, o Ibovespa fechou em leve alta de 0,26%, aos 128.552 pontos. O dólar à vista fechou em alta de 0,29%, cotado a R$ 5,7125, mas não impediu a queda dos juros futuros.

Economia

Zona do euro: O índice de expectativas (ZEW) da Alemanha avançou para 26 pontos em fevereiro, ante 10,3 pontos em janeiro, e superou a projeção de 20 pontos. O indicador de condições atuais também apresentou alta, embora em menor intensidade. A confiança dos investidores na economia alemã registrou seu maior avanço em dois anos, impulsionada pelas eleições, que podem resultar em um governo mais favorável ao crescimento. Segundo o Instituto ZEW, a melhora reflete a expectativa de uma gestão eficiente e capaz de estimular o consumo privado.

EUA: O diretor do Fed Christopher Waller adotou um tom mais dovish em seu discurso de ontem, afirmando que espera a retomada do processo de desinflação e dos cortes de juros. Ele indicou que, caso 2025 siga a tendência de 2024, novos cortes nas taxas serão apropriados. Embora o mercado de trabalho permaneça forte, Waller destacou que os principais riscos são de alta para a taxa de desemprego. Além disso, Waller defendeu a manutenção dos juros até que o progresso da desinflação seja retomado.

Brasil: O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,7% em dezembro na comparação mensal, mas avançou 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, o indicador ficou praticamente estável no quarto trimestre de 2024, o que sinaliza uma desaceleração da atividade doméstica.

Ainda assim, o resultado não comprometeu o desempenho anual, que registrou crescimento de 3,8% — o maior desde 2021, quando a economia se recuperava dos impactos da pandemia.

Na média trimestral sem ajuste sazonal, a alta foi de 4,4% na comparação anual, métrica que mantém forte correlação com o PIB. Considerando os dados da indústria, vendas do varejo e serviços de dezembro, o tracking do PIB aponta alta de 0,4% na margem no 4° trimestre e crescimento de 3,5% em 2024.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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